Os cortes dos parceiros externos em apoio ao Orçamento do Estado e a fundos comuns deverão ser no correspondente a 471 milhões de dólares norte-americanos, até finais de 2012, e de 15,4 milhões de dólares ao longo do próximo ano de 2013.
Contudo, o impacto negativo deste cenário está a ser amortecido pelo desembolso do Banco Mundial (BIRD) de cerca de 110 milhões de dólares norte-americanos, segundo o ministro das Finanças, Manuel Chang, realçando que, a nível interno, o seu sector está a aumentar a sua capacidade de colecta de receitas internas para minimizar os buracos que estão sendo abertos com a retirada e/ou redução da ajuda de cinco países membros do G-19 por dificuldades internas que enfrentam nos respectivos países resultantes da crise financeira mundial e da dívida soberana na Zona Euro.
Crédito líquido ao Governo
Entretanto, até finais de Junho de 2012, o Governo moçambicano ultrapassou “o limite temporário do crédito líquido”, em montantes não especificados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na conclusão da quinta avaliação do desempenho económico de Moçambique registado até Junho último.
O comunicado não explica as razões desta situação e lamenta “alguns atrasos” registados nas reformas estruturais, tidas pelo FMI como tendo registado “progressos satisfatórios, de modo geral”, isto no que tange a critérios de avaliação para final de Junho de 2012.
Refira-se, entretanto, que as receitas do Estado cobradas de Janeiro a Agosto de 2012 atingiram cerca de 59.117,1 milhões de meticais, o correspondente a 61,9% da previsão anual e crescimento nominal de 8% em relação ao período homólogo de 2011.
No mesmo período, as despesas de funcionamento foram no montante de 51.024,9 milhões de meticais, ou seja, 60,4% da dotação anual e crescimento de 5,9% face ao período homólogo de 2011.
