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Parasitas gastro-intestinais afectam metade da população moçambicana

Cerca de metade dos perto de 24 milhões de moçambicanos têm parasitas gastro-intestinais resultando em diarreias constantes e agravamento da sua situação nutricional. A ingestão inadequada de nutrientes e infecções intestinais são as causas directas mais comuns de desnutrição em Moçambique, segundo conclusões de um estudo elaborado pelo Comité Permanente da Organização das Nações Unidas para Nutrição (UNSCN).

Apesar dos conhecimentos quanto ao tratamento e prevenção das infecções intestinais, a maioria da população é responsável pela manutenção da cadeia de transmissão das parasitoses intestinais, perpectuando a contaminação fecal do solo e da água, salienta aquele organismo da ONU Moçambique é um país composto, essencialmente, por trabalhadores rurais e cerca de 70% da sua população depende da agricultura como principal meio de subsistência, lembra a organização.

Contudo, o acesso limitado ao mercado e a baixa produtividade das culturas alimentares desempenham um papel significativo nas taxas de pobreza e de desenvolvimento social, acrescenta a pesquisa, realçando, particularmente, que as mulheres são mais propensas a viver em situação de pobreza por terem menos acesso à educação, emprego formal e menos oportunidades de diversificar as suas fontes de renda.

No global, as prioridades da agricultura no país “não são baseadas em critérios de nutrição e não há priorização de produtos de maior valor nutritivo”, aponta a UNSCN, apontando que o “foco da produção nacional é mais nas culturas de rendimento”.

Os agregados familiares têm um alto nível de vulnerabilidade a eventos climáticos extremos e variações sazonais, resultando na perda de renda e aumento da pobreza, acrescenta a UNSCN, apontando ainda o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis no mercado internacional, bem como o surgimento de indústrias extractivas no país como factores que aumentam a pressão sobre o uso da terra em Moçambique.

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