Nos últimos anos, uma variedade de aplicativos de mensagem têm lutado pelo domínio do mercado global, com muitos alardeando uma combinação lucrativa de recursos de comunicação, jogos e compras online.
Esta semana, porém, o presidente-executivo do Facebook Mark Zuckerberg gastou impressionantes 19 bilhões de dólares para comprar o WhatsApp, o aplicativo com talvez a funcionalidade mais simples e uma receita insignificante.
O WhatsApp, que tem 450 milhões de usuários, manteve-se com o básico da comunicação por mensagens, mas também com um modelo simples de negócio de cobrar dos usuários uma taxa de assinatura anual de apenas 1 dólar.
A aposta de Zuckerberg pode no final acabar por ser uma jogada estratégica de mestre: tirar a rival Google de um fenómeno novo com um exclusivo “gráfico mobile” e ganhando legiões de usuários – e seus dados – em mercados emergentes.
Wall Street comemorou o acordo na quinta-feira, mas para muitos no Vale do Silício o valor mostrou-se difícil de engolir, especialmente se o modelo de negócios e o plano para o futuro do produto do WhatsApp não evoluírem sob a liderança do Facebook. “Vai demorar algum tempo para desenvolver um valor com essa aquisição, no mínimo”, disse Jonathan Teo, um investidor do Snapchat, um concorrente do WhatsApp.