Uma explosão de forte magnitude seguida de incêndio de alta proporção agitou temporariamente parte dos residentes na Baixa da Cidade da Beira na madrugada de domingo. A explosão deu-se por volta das quatro horas desta madrugada a partir do interior de um estabelecimento comercial localizado próximo do mercado central, na zona Baixa da Cidade da Beira.
Desconhece-se ainda a origem da explosão, mas pela sua magnitude alguns residentes vizinhos suspeitam ter se tratado de uma bomba. No entanto, tanto o proprietário do estabelecimento como os elementos do corpo de salvação pública que estiveram no local para debelar o incêndio que se seguiu aventam a hipótese de ter se tratado de curto-circuíto.
Mas a explosão foi tão forte a ponto de quebrar vidros de outros estabelecimentos próximos incluindo de algumas residências nas imediações.
Muita gente residente nos prédios próximos chegou a pensar que se tratava de novo terramoto na Cidade da Beira, e desceram em debandada. Felizmente não há registo de pessoas que terão contraído ferimentos durante o momento de pânico.
Uma mulher que disse residir no sexto andar de um dos prédios próximo do local disse-nos que os vidros das janelas dos quartos do seu apartamento todos quebraram-se.
Afirmou ainda ao nosso jornal que na sequência da explosão pelo menos sentiu o seu prédio estremecer. Posteriormente recebemos chamadas de autarcas que vivem nas zonas pouco afastadas da baixa confirmando terem sentido o estrondo.
Além dos estragos causados pelo estrondo, há a destacar os prejuízos avultados que se seguiram na sequência do incêndio. O estabelecimento comercial de onde partiu o estrondo pegou fogo por completo, e todos os artigos que se encontravam no seu interior se reduziram a cinzas.
Consta que o estabelecimento comercial em causa pertence a um cidadão de nacionalidade paquistanesa, o qual se dedicava a venda de artigos do tipo electrodoméstico. O fogo que invadiu até o exterior do estabelecimento atingiu igualmente algumas viaturas que se encontravam estacionadas na berma da estrada.
Pelo menos uma arde completamente. Os populares que imediatamente se fizeram ao local denunciaram a ineficiência do corpo de salvação pública, argumentando que se o mesmo tem se feito prontamente ao momento da ocorrência os prejuízos seria possível minimizar.
Lamentaram ainda que a par do fraco profissionalismo evidenciado pelos elementos do corpo de salvação pública que foram destacados para o local, há também o grqve problema de meios, nomeadamente o tipo de viaturas e equipamento usado que se apresenta velho e ultrapassado.
Importa referir, entretanto, que proximo do local onde ocorreu a explosão que foi seguido de incêndio localiza-se o Comando Provincial da Força de Intervenção Rápida (FIR) de Sofala e a primeira esquadra da PRM ao nível da Cidade da Beira.