Os Países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) devem passar a desenhar e apresentar propostas de projectos dependentes de fundos internos, como forma de sua viabilização.
Segundo o ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inroga, a região precisa de criar infra-estruturas fortes, facto que só pode ser conseguido se os países implementarem projectos sustentáveis internamente, para a garantir que os mesmos sejam exequíveis.
Inroga falava, Segunda-feira, em Luanda, a capital angolana, a margem da reunião do Conselho de Ministros da SADC, que decorre deste segunda-feira para preparar a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da região a realizar-se nos dias 17 e 18 de Agosto corrente, naquela urbe.
Na reunião do Conselho de Ministros da SADC estão em debate todos os assuntos tendentes a facilitar a integração regional e a implementação da zona de comércio livre.
“A região já está a implementar a Zona de Comercio Livre a luz das recomendações da cimeira de Windoek. Temos que avançar para a implementação da União Aduaneira prevista para Dezembro de 2011”, disse Inroga.
Contudo, explicou que na região ainda não se conseguiu remover todas as barreiras tarifárias pelo facto de alguns países terem estado envolvidos em situações de instabilidade política, mas acreditase que os Chefes de Estado, até a próxima Cimeira a ter lugar em Fevereiro de 2012, irão superar várias das questões que estão a ser abordadas.
No âmbito da implementação da integração regional, Moçambique e Angola estão na linha de frente no cumprimento das obrigações da SADC porque pertencem a uma única comunidade. Os outros países estão filiados a outras comunidades económicas regionais.
“Temos que chamar a atenção de cada país para assumir a sua responsabilidade em relação a SADC. Os debates em curso sobre esta matéria tendem a um consenso, havendo umas ideias que são secundadas e outras que precisam de ser clarificadas”, disse Inroga.
Para o Secretário Executivo da SADC, Tomaz Salomão, depois da criação da União Aduaneira, a região vai avançar para a União Monetária e todos esses processos devem ser feitos depois de analisadas a experiências de outros países.
Segundo Salomão, os Governadores dos Bancos Centrais dos países da Região já estão a trabalhar no sentido de encontrar formas de como implementar a União Monetária, mas é preciso estudar todos os cenários possíveis para identificar os riscos e vantagens, para, com base em factos consistentes, se tomar a decisão final.