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Os quatro golos que a Machava quer ver no Sábado

O Ferroviário conquistou um triunfo importantíssimo na Machava, graças a uma contagiante, mas também perdulária, alegria ofensiva. Os de verde e branco começam o Moçambola como terminaram na época passada: em primeiro lugar.

O jogo como equipa grande, com os olhos postos na baliza adversária, mas depois do golo de Marufo desnorteou-se no carrossel ofensivo da equipa de Chiquinho Conde. Um jogo luminoso. É esta a melhor forma de descrever o embate entre o FC Vilankulos – na primeira época na fina-flor do futebol nacional–, e uma locomotiva perturbada pelo último resultado, mas ambos fiéis a uma identidade que faz falta ao futebol moçambicano. Mentalidade ofensiva, privilégio do ataque em contraponto às habituais cautelas defensivas.

Despertar mas pouco

O FC Lichinga reagiu ao golo de Marufo. Ainda assim, viu Sonito falhar o golo na cara de Jaimito, após excelente combinação entre Tchaka e Wisky. Jaimito atirou-se aos pés de Sonito e sacudiu a bola para fora da zona de perigo. Os pupilos de Euroflin deram sinais de aviso e despertaram os locais. Um erro. A equipa de Chiquinho cresceu, cresceu tanto que chegou ao segundo golo, aos 42 minutos, por intermédio de Tchaka, num lance em que Jaimito decidiu ‘agradecer’ a cortesia de Sonito.

Tchaka com o diabo no corpo

Decorridos alguns minutos do segundo tempo, Tchaka foi lançado na ala esquerda por Jotamo e aceitou o repto. O número 20 locomotiva trabalhou de forma brilhante sobre Mambucho e cruzou para a entrada de Sonito ao segundo poste que chegou tarde. Enquanto teve pulmão, Tchaka fez o que quis do flanco esquerdo – dos seus pés saiu um ‘punhado’ de cruzamentos venenosos para a área de Jaimito que, diga-se, teve sorte. Sonito, esse, redimiu-se com um cabeceamento ao segundo poste sem hipóteses para Jaimito depois de um cruzamento da direita.

A mão de João Abreu

No segundo tempo, o Ferroviário ampliou o resultado num lance em que a mão do fiscal de linha, João Abreu, foi determinante. Ítalo recebe a bola à entrada da área e parte para o interior da mesma onde é travado em falta. O árbitro marcou uma grande penalidade que deu a Marufo o seu segundo golo e o terceiro da equipa, apesar de o fiscal, um minuto antes, ter dado indicação de fora de jogo. No entanto, Amosse Lázaro, o árbitro principal, não viu o sinal do bandeirinha porque estava de costas para ele. O pior veio depois. Quando todo o estádio esperava, digase, que o fiscal corrigisse a decisão do árbitro, Abreu fingiu que nada tinha acontecido.

Uma postura anormal, até porque não faz sentido que um árbitro da mais alta competição do futebol moçambicano fique com a bandeirola no ar sem que tal gesto tenha significado. O Ferroviário, sabe- se, não precisa desse favorecimento, a não ser que João Abreu tenha confundido o FC Vilankulos com o SuperSport United. No final, venceram os locomotivas por 4-0.

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