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Os preços dos produtos alimentares tendem a reduzir

Apesar de se ter verificado uma especulação de preços durante a época festiva de 2009, alguns produtos de primeira necessidade comercializados em certos mercados da cidade de Maputo, sobretudo nos informais, apontam para uma redução significativa nos preços de venda.

Ou seja, a nossa Reportagem constatou que os preços médios indicativos ao público nos mercados, nomeadamente, do Povo, Fajardo, Central e Xipamanine, no passado mês de Janeiro, quando comparados com os do mês de Dezembro, mostram uma alteração deveras considerável. Dos produtos que começaram a baixar destacam-se os seguintes: cebola, tomate, batata, frango, peixe (carapau), arroz e carvão vegetal. Mas, dentre os do género alimentício só a couve é que já está a registar um aumento bastante notável em grande parte dos mercados da capital.

Este produto, que chegou a ser vendido a preços que variavam entre os 20 e 25 meticais por quilograma, actualmente está a ser comercializado por 40 e 45 meticais desde os meados de Janeiro. E algumas vendedeiras, como é o caso de Cremilda Mabojaia, alegam que o facto que pode estar na origem da subida do preço é a grande procura do produto, uma vez que “na quadra festiva ninguém queria saber de comprar a couve”. A alteração do preço verifica-se um pouco pelos mercados onde a nossa equipa de reportagem efectuou uma ronda. A título de exemplo, no mercado do Fajardo, um saco de cebola de dez quilos que era vendido no valor de 250 meticais durante o mês de Dezembro, agora custa 200 meticais, tendo sido vendido nos princípios de Janeiro ao preço de 210.

A mesma situação também se verifica em relação ao preço de um saco de batata reno de 10 quilos que é no momento comercializado no valor de 190 meticais, tendo custado cerca de 290 na época das festas. O tomate é vendido ao preço de 28 a 30 meticais/quilograma, contra os 45 e 50 meticais praticados no final do ano passado. O preço de arroz varia de acordo com a qualidade do produto, porém, ao nível geral, apurase uma pequena redução. O carvão vegetal não fugiu à regra. Nos mercados do Povo, Central e Xipamanine o cenário repete-se. A cebola, o tomate, o arroz, a batata reno, entre outros, registam uma redução no preço de venda.

Entretanto, alguns vendedores admitem que alguns produtos de primeira necessidade poderão ainda registar descida de preço nos próximos meses porque o valor de aquisição junto dos grossitas tende a reduzir. O que as estatísticas dizem segundo o INE, a cidade de Maputo registou, em Janeiro de 2010, uma inflação mensal de 12,91%, como resultado do agravamento do nível geral do custo de vida em 2,14%, tendo a Divisão da Alimentação e Bebidas não Alcoólicas contribuído com 3,33%, o que deu azo ao agravamento do nível geral de preços que se apurou (cerca de 2,14%), e sido a principal responsável no total da inflação mensal com cerca de 1,91 pontos percentuais positivos.

Ainda de acordo com os comentários sobre o Índice do Preço no Consumidor do INE referente ao mês de Janeiro, o preço de tomate teve um aumento na ordem 33,7%, o arroz verificou um aumento de 2,6%, o carvão vegetal (2,7%), a couve (7,6%), o coco (3,2%) enquanto a cerveja e a carne de vaca de 1ª limpa registaram um aumento de preço em 5,4%, tendo contribuído no total da inflação mensal com 1,77 pontos percentuais positivos. Em relação a igual período do ano anterior, os preços do mês em análise registaram um aumento na ordem dos 5,06%.

A Divisão da Alimentação e Bebidas não Alcoólicas contribuiu no total da inflação homóloga com cerca de 4,4 pontos percentuais positivos.

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