Os empresários moçambicanos querem transferência de tecnologia e “know how” indianos, por forma a melhor explorarem os recursos existentes no país. Esta intenção foi manifestada na segunda-feira, em Maputo, pelo Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Salim Abdula, durante o seminário empresarial envolvendo 26 agentes económicos indianos e seus pares moçambicanos.
Na ocasião, Abdula referiu que o empresariado nacional quer manter fortes relações de negócio com os indianos e que as mesmas possam facilitar o contacto com outros mercados. “Mercados como a Índia e a China são emergentes e esperamos que os empresários moçambicanos e indianos estabeleçam parcerias que tragam valor acrescentado ao processamento das matérias primas, melhoramento da produtividade, agricultura, exploração de pedras preciosas, só para citar alguns exemplos”, disse.
Abdula acrescentou que “nós temos pedras preciosas que estão a ser contrabandeadas e a Índia tem “know how” e conhecimento para o polimento e acrescentar valor as pedras para que possam ser exportadas com valor acrescentado. Isso é importante para a economia moçambicana e para a mão-deobra nacional”. “Espero que essas empresas possam transferir tecnologias para Moçambique para que possamos explorar melhor os nossos recursos”, sublinhou. Por sua vez, o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, presente no encontro, referiu que o Governo está a trabalhar para que o relacionamento entre empresários moçambicanos e indianos resulte em parcerias sobre projectos concretos a serem desenvolvidos no País.
As relações entre Moçambique e Índia datam de há vários anos e neste momento existem várias firmas indianas a investir em Moçambique nos sectores de energia, recursos minerais, agricultura, entre outros.