A posição das cerca de 20 organizações internacionais que, desde Novembro de 2010 a esta parte, receberam denúncias de grupos de organizações ambientalistas moçambicanas relativas à nocividade dos gases emitidos sem filtros para a atmosfera pela Mozal deverá ser conhecida publicamente até finais de Março de 2011, soube o Correio da manhã do movimento Justiça Ambiental.
A posição surge depois de queixas apresentadas a várias organizações ambientalistas internacionais e a algumas instituições que “têm interesses empresariais com a própria Mozal”, segundo Vanessa Cabanelas, activista da organização Justiça Ambiental, admitindo, entretanto, que mesmo que o posicionamento daquele grupo de organizações mundiais não seja favorável aos ambientalistas moçambicanos, “o facto de termos alertado o mundo sobre aquela injustiça constitui uma satisfação para os activistas ambientais”.
A queixa submetida àquele grupo de instituições internacionais surgiu depois da recusa pelo Governo moçambicano de suspender a emissão dos gases da Mozal, “mesmo depois de termos alertado sobre a nocividade daqueles fumos”, justificou Cabanelas, acrescentando ainda que o facto foi agravado pelo indeferimento da providência cautelar submetida ao Tribunal Administrativo pelo grupo de organizações ambientalistas congregadas no movimento Justiça Ambiental.
Monitoria
Vanessa Cabanelas disse, igualmente, que a sua organização continua, desde Novembro de 2010, a monitorar o processo de emissão de gases sem filtro pela Mozal, devendo os respectivos resultados ser confrontados com os dados a serem apresentados durante a reunião anual pública daquela empresa de fundição de alumínio, marcada para finais do presente mês de Fevereiro de 2011.
O movimento Justiça Ambiental, refira-se, exige a suspensão da emissão de fumos sem filtro pela Mozal por acreditar que o produto seja altamente nocivo à saúde pública.