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Organização dos Trabalhadores de Moçambique condena insensibilidade de alguns empregadores

A Organização dos Trabalhadores de Moçambique-Central Sindical (OTM-CS) diz que a insensibilidade por parte de algumas entidades empregadoras quanto as legitimas exigências dos trabalhadores são os motivos de conflitos laborais que se registam no país.

Esta posição foi assumida pelo presidente da OTM-CS, Carlos Mucareia, que sublinhou que os trabalhadores quando dominados por um elevado estado de saturação reagem e as entidades empregadoras recorrem a policia para, de forma desmedida, reprimi-los, tal como aconteceu recentemente na empresa de segurança G4S.

Mucareia, que falava, segunda-feira, em Maputo, em conferência de imprensa que serviu para o lançamento da semana comemorativa do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, destacou que as causas que levaram as reivindicações dos trabalhadores da G4S não teriam tido lugar se a empresa tivesse dado resposta em tempo útil.

“A forma brutal como a policia agiu não se pode admitir. A OTM–CS condena a actuação da polícia e exige que a G4S reponha os danos causados aos trabalhadores e, por conseguinte, através do diálogo, solucione os problemas que opõem a empresa aos trabalhadores”, disse Mucareia.

O que aconteceu, segundo este dirigente sindical, foi que as empresas introduziram um novo sistema de pagamento que trouxe irregularidades que foram prontamente denunciadas pelos trabalhadores e que algumas empresas conseguiram sanar os problemas a tempo e a G4S foi relutante aos apelos do sindicato do ramo.

Mucareia defendeu que a OTM-CS e’ pela harmonia das relações de trabalho e realização social das partes, dai o seu apelo aos empregadores que ainda não valorizam este propósito para reverem o seu posicionamento porque os comités sindicais são interlocutores validos dos trabalhadores, tanto para a mobilização como para o alcance dos objectivos.

“O diálogo social e cultura de trabalho são praticas inteiramente recomendáveis para o alcance pleno da produtividade do trabalho, única via para o combate a pobreza absoluta e redução da nossa dependência externa”, explicou Carlos Mucareia.

Sobre as medidas para mitigar o elevado custo de vida ditado pela conjuntura internacional, o presidente da OTM-CS defendeu que, pelo seu alcance politico de protecção social, são de saudar e destacou que elas exigem um estudo para viabilizar os níveis do seu impacto para reduzir distorções na sua implementação.

“A nossa organização está pronta e disponível a prestar todo o subsídio que se mostrar indispensável. Apelamos a todos os trabalhadores e os demais cidadãos para que dêem o seu máximo contributo para que estas medidas possam alcançar os objectivos para os quais foram tomadas”, defendeu Mucareia.

Mucareia apelou a preservação da paz, destacando que os trabalhadores moçambicanos sabem o que significa a ausência da paz e suas consequências nefastas, sendo, por isso, necessário que cada um lute pela sua preservação e consolidação, rejeitando e abstendo-se de quaisquer intenções que possam ameaçar ou pô-la em causa.

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