O Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) queixa-se de falta de espaço para a oposição realizar a sua campanha de “caça” ao voto no distrito de Tambara, província central de Manica, acusando a Frelimo de “obstruir todas as iniciativas” que o seu partido, assim como a Renamo, tentam realizar no âmbito da campanha eleitoral em curso no país.
Noa Joaquim, presidente da comissão política distrital do PDD em Tambara, alega que a Frelimo não só vedou apenas o espaço ao seu partido como também para a Renamo, por isso a oposição naquele ponto do país não funciona “por causa das intimidações” que, segundo ele, estão a ser “protagonizadas pelos simpatizantes do partido no poder” desde o primeiro dia da campanha a 13 de Setembro último.
A fonte disse que no diz 17 de Setembro findo elementos que disse pertencerem a Frelimo entraram na sede distrital do PDD e retiraram a corda e mastro da bandeira do partido, num acto que, segundo Joaquim, revela claramente que a partido no poder não quer que o PDD tenha espaço para fazer a sua campanha eleitoral naquele ponto do país. Noa Joaquim afirma ter apresentado queixa a Polícia é que até hoje não tem resposta razão porque decidiu viajar de Tambara para a sede provincial em Chimoio para apresentar esta preocupação ao presidente da Comissão Política Provincial, António Mairosse, para juntos procurarem soluções.
“Eles até ameaçam as pessoas que militam na oposição, por isso o ambiente que se vive em Tambara é de medo. Nós não queremos violência, por isso estamos a tentar resolver o problema de forma pacífica”, disse Noa Joaquim. António Mairosse, presidente da comissão politica provincial, disse, por seu turno, que repudia todos os actos de violência que se tem registado um pouco por todo o território nacional e pretende que a campanha seja transformada num momento de festa de toda a família moçambicana.
“Nós pretendemos que seja um momento de alegria para que cada partido possa transmitir sua mensagem ao eleitorado num ambiente de paz, justiça e igualdade de oportunidades”, disse Mairosse, apelando para que as diferenças sejam resolvidas por via do diálogo. Moçambique realiza no próximo dia 28 de Outubro corrente as quartas eleições presidenciais e legislativas e as primeiras para as assembleias provinciais.
