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ONU rejeita pedido de Gbagbo de tirar forças da Costa do Marfim

Laurent Gbagbo enfrenta crescentes confrontos com forças da manutenção de paz depois que a ONU rejeitou sua exigência para que elas deixem a Costa do Marfim, realçando as tensões após uma eleição que ele insiste ter vencido e o resto do mundo diz que ele perdeu. O maior produtor de cacau do mundo está envolto em um impasse sobre a eleição presidencial ocorrida em 28 de novembro, que ambos Gbagbo e seu rival, Alassane Ouattara, afirmam ter vencido – sendo que este último tem o apoio de governos estrangeiros e do Conselho de Segurança da ONU.

Um assessor próximo a Gbagbo disse no sábado que o líder nunca deixará o poder e acusou as forças ocidentais de tentar uma “recolonização” do Ocidente no país africano, colocando no poder uma “marionete”.

Resultados da comissão eleitoral mostraram que Ouattara venceu por cerca de oito por cento, mas Gbagbo se considera vitorioso e tem o apoio do Conselho Constitucional, chefiado por um aliado, que apagou quase meio milhão de votos nos redutos de Ouattara, alegando fraude.

A ONU, a ex-colonizadora França, os Estados Unidos, a União Europeia, a União Africana e o bloco Ecowas, do oeste do continente, exortaram Gbagbo a admitir a derrota e aceitar uma oferta de exílio. “Isso é inimaginável”, afirmou à Reuters Pascal Affi N’Guessan, assessor de Gbagbo. “Todos os envolvidos nesta crise precisam excluir da sua maquinação essa hipótese de Gbagbo deixar o país.” Ouattara afirmou que só planeja conversar com Gbagbo se o atual líder deixar o poder.

O governo de Gbagbo afirmou à emissora estatal que queria as forças da ONU e francesas fora do país, acusando-as de interferir nos assuntos internos da Costa do Marfim, depois que o enviado da ONU reconheceu Ouattara como vencedor.

O secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, respondeu com o seu próprio comunicado, emitido pelo porta-voz Farhan Haq, em que deixou claro que as forças de manutenção de paz não têm a intenção de se retirar do país. Diplomatas afirmaram que Gbagbo não possui autoridade para retirá-los da nação, uma vez que perdeu as eleições.

A missão da ONU no país tem cerca de 10 mil soldados e policiais e é apoiada pela força Licorne, da França. Centenas de soldados foram destacados para defender o atual refúgio de Ouattara, o Golf Hotel, em Abidjan.

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