O Conselho de Segurança ultrapassou dias de impasse e apoiou o líder da oposição na Costa do Marfim, Alassane Ouattara, como o vencedor das disputadas eleições presidenciais do país. O Presidente em exercício, Laurent Gbagbo, continua a agarrar-se ao poder apesar de uma forte pressão internacional para que ele admita a derrota.
Antes, diplomatas da Rússia resistiram à declaração da ONU, ao argumentarem que apoiar um candidato na disputada eleição excedia o mandato da organização. Mas a missão das Nações Unidas na Costa do Marfim assumiu a tarefa de certificar os resultados eleitorais e insiste que Ouattara é o vencedor. Diplomatas afirmaram que 14 membros do Conselho de Segurança apelaram à Rússia que abandonasse a sua oposição.
O reconhecimento de Ouattara por parte do Conselho de Segurança deixa Laurent Gabgbo sem particamente nenhum apoiante no estrangeiro embora ele continue a desafiar a pressão internacional para se afastar do poder.
CEDEAO
A administração nomeada por Gbagbo rejeitou um apelo da Comunidade dos Estados da África Ocidental ou CEDEAO para ceder a Presidência ao seu rival, Alassane Ouattara. Também a CEDEAO considera Ouattara como o vencedor da eleição presidencial. O porta-voz do Departamento de estado norte-americano, P J Crowley, disse que os Estados Unidos estavam a observar de perto a situação. “Continuamos a seguir esta situação de perto e continuamos a apelar ao actual governo que faça o que está certo e comece o processo de uma transferência pacífica de poder e lidere uma solução estável para o futuro da Costa do Marfim” disse Crowley.
Em Abidjan, tanto Ouattara como Gbagbo nomearam os respectivos governos, aumentando a tensão no país. Ouattara está a trabalhar num hotel de luxo, guardado por capacetes azuis. Antes, a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, alertou aos antigos combatentes rebeldes que não se envolvam na crise da Costa do Marfim.