Dezenas de militantes da Iniciativa de Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), uma Organização não Governamental antiesclavagista, manifestaram-se, Domingo (14), diante do Ministério mauritano da Justiça, em Nouakchott, para denunciar “a impunidade de que gozam vários esclavagistas detidos e depois libertos durante o período de Março a Abril”, constatou a PANA no local.
Hamady Ould Lehbouss, alto responsável da IRA, citou, entre os indivíduos acusados de práticas esclavagistas detidos e depois libertos, os nomes de Rahman Mint Legreyvi, Mohamed Salem Ould Mohamedou e Ehel Behdel e, entre as presumíveis vítimas, os de Youma Mint Salma e membros da sua família, Issa Ould Moussa, e M’Barka Vall.
Ele denuncia ainda a criação recente de uma Agência Nacional encarregue da luta contra as sequelas da escravatura, Inserção e Luta contra a Pobreza como «uma manobra dilatória do Governo para desviar a atenção da opinião pública nacional e internacional da verdadeira natureza das práticas esclavagistas no país».
A prática da escravatura é classificada como uma infração criminal na Mauritânia por uma lei adotada em agosto de 2007.