As obras de construção da fábrica de cimento, no distrito de Magude, a norte da província meridional moçambicana de Maputo, que inicialmente estavam previstas para Junho de 2011, poderão arrancar no próximo ano, segundo garante uma fonte ligada ao projecto.
Num investimento avaliado em 78 milhões de dólares, o projecto está a ser desenvolvido por um grupo de empresários chineses denominado Africa Great Wall Cement Manufacturer Lda.
A firma, que estará localizada em Chichuo, a 11 quilómetros de Magude, será instalada numa área de 80 hectares com alta concentração de calcário, principal recurso para a produção de cimento.
A fonte referiu que, neste momento, está a decorrer o processo de mobilização de equipamentos e montagem de residências para os funcionários e técnicos nacionais e estrangeiros que estarão envolvidos na construção do empreendimento.
Fanieta Manjate, directora da Indústria e Comércio de Maputo, salientou que os ambientalistas já aprovaram o projecto e decorrem neste momento trabalhos com vista a reassentar algumas famílias que se encontram a residir na zona onde vai ser desenvolvida a iniciativa.
A fábrica da Africa Great Wall Cement Manufacturer Lda terá capacidade para produzir 500 mil toneladas de cimento por ano. Segundo o “Diário de Moçambique”, os responsáveis do empreendimento prevêem iniciar com a produção do cimento entre finais de 2012 e inícios de 2013.
Com esta fábrica, a província meridional de Maputo passa a ter três novos empreendimentos para a produção de cimento, todos implantados por empresas chinesas.
A fábrica de Salamanga, a Sul da província de Maputo, já em construção, é propriedade da China International Fund e os investimentos rondam perto de 72 milhões de dólares, o equivalente a mais de 2 mil milhões de meticais.
A produção desta firma, também localizada por cima de um grande jazigo de calcário, é estimada em cerca de 800 mil toneladas, enquanto uma terceira unidade, da GS Cimento, terá uma capacidade para 550 mil toneladas de cimento Portland.
Esta fábrica ficará localizada no parque industrial de Boane, próximo da Mozal, sendo a mais cara das três, de capitais chineses, avaliada em cem milhões de dólares.
A acentuada expansão da capacidade de produção de cimento destina-se a responder à alta procura de materiais de construção em Moçambique devido ao elevado índice de instalação de infraestruturas e com grandes projectos na mineração, energia e outros.
Com a operacionalização destes três projectos e um outro quarto em preparação para a instalação, na província central de Sofala, de uma fábrica de cimento, o país poderá triplicar a capacidade de produção de cimento ao nível nacional, passando dos actuais 1.3 milhões de toneladas por ano para quatro milhões, em 2013.