A prosperidade e a liderança dos EUA na cena internacional estão em causa, exigindo que democratas e republicanos ponham a conjugação de esforços à frente da luta política, defendeu Barack Obama, no discurso do Estado da Nação.”Este é o nosso momento Sputnik”, frisou.
O discurso do Estado da Nação, em Washington DC, perante o Congresso, teve início às 21 horas locais (4 horas desta quarta feira em Maputo), mas cerca de duas horas antes a Casa Branca divulgou à Imprensa excertos da intervenção do presidente norte-americano.
“Novas leis só vão passar com apoio de democratas e republicanos. Ou andamos em frente juntos, ou não andamos – os desafios que enfrentamos são maiores do que partidos, maiores do que política”, defende Barack Obama.
O que está em causa não é quem vai ganhar as próximas eleições, mas “se novos empregos e indústrias se enraízam” no país. “É se o trabalho duro e engenho do nosso povo é recompensado. É se mantemos a liderança que fez da América não apenas um lugar no mapa, mas uma luz para o mundo. Estamos fadados ao progresso”, acredita.
Dois anos depois da maior recessão desde a Grande Depressão, o mercado accionista está novamente em alta, os lucros das empresas subiram e a economia dá sinais de crescimento, indicadores que ainda assim não são suficientes para “medir o progresso”.
“Medimos o progresso pelo sucesso do nosso povo. Pelos empregos que podem encontrar e a qualidade de vida que esses empregos oferecem. Pelas perspectivas de um pequeno empresário que sonha em transformar uma boa ideia numa empresa vibrante, pelas oportunidades para uma vida melhor para os nossos filhos. Esse é o projecto em que o povo quer que trabalhemos. Juntos”, adianta.
No discurso, é ainda comparada a situação actual com a vivida há meio século, quando a União Soviética ultrapassou os Estados Unidos lançando o satélite Sputnik, numa altura em que a NASA ainda nem existia. “Mas, depois de investir em melhor pesquisa e investigação, não apenas suplantámos os soviéticos; desencadeámos uma onda de inovação que criou novas indústrias e milhões de novos empregos”, recorda Obama. “Este é o nosso momento Sputnik”, sublinha.