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O segundo lugar é o primeiro perdedor

Acabo de ler no semanário desportivo Desafio que a nossa selecção nacional de futebol, que jogou quase nada contra a Líbia e nem conseguiu marcar um golo no estádio da Machava, vai ser premiada pelo empate!

30 mil meticais para os jogadores. Porquê? O nosso guarda-redes Kampango até merece mas os restantes, duvido que tenham suado aquela camisola vermelha!

E o senhor Mart, como se não bastassem os 15 mil dólares que lhe pagamos, faz aquelas trafulhices tácticas que nem a nós, treinadores de bancada, ocorreria e vai ser premiado com 60 mil meticais?

Premiar empates, ainda por cima sem golos, é premiar a mediocridade. Afinal o principal objectivo de um jogo de futebol é marcar golos à equipa adversária e, de preferência, mais do que a outra equipa para vencer.

Depois de toda a novela à volta da recontratação deste seleccionador, e a interminável negociação do contrato por objectivos, a Federação deveria ter incluído uma penalização para empates quando jogamos em casa. Se é verdade que o seleccionador não marca golos convenhamos que a táctica de jogo conta muito e a escolha de jogadores é determinante para as vitórias.

Alguém se lembra da selecção que em 1985 venceu os líbios, que era constituída por Filipe, Elcídio Conde, Faruk, Joaquim João, Ferreira, Calton, Ali Hassane, Chababe, Nico e Geraldo Conde? Pergunto-me: quanto cada um destes jogadores recebeu após termos vencido a Líbia e levado a selecção de Moçambique ao Campeonato Africano pela primeira vez na nossa história?

Por favor, alguém traduza estas linhas para o senhor Mart, quem sabe os adjuntos que para além de servirem de tradutores não percebi o que mais fazem na equipa técnica. Ele que tenha vergonha na cara e não receba esse prémio, pelo menos por respeito aos moçambicanos que, apesar de todas as dificuldades, resultados maus e exibições fracas, ainda apoiam a selecção nacional de futebol.

O campeão Ayrton Senna dizia que o segundo lugar é o primeiro perdedor. E eu concordo em absoluto. Temos de acabar com esta mania de nação medíocre que comemora até bola na barra e buscarmos o que realmente interessa: a vitória.

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