A Escola Primária Completa Especial Número 2, na cidade de Maputo, acolheu esta terça-feira (16), a apresentação do livro intitulado “O Piolho Zarolho e Arco-íris da Amizade”, da autoria de Lurdes Breda, escritora infanto-juvenil portuguesa. A obra, segundo a autora, foi lançada, em 2010, em Portugal.
A Moçambique veio a convite do Movimento Literário Kupaluxa, com o objectivo de consciencializar as pessoas a ajudarem as crianças com problemas genéticos especiais, sobretudo das escolas, desenvolver o gosto pela leitura e escrita, bem como fazer da literatura infanto-juvenil uma forma de contribuir para o desenvolvimento psíquico das crianças em particular.Trata-se de um evento que conta com a promoção da Associação Cultura, Educação e Turismo (ACETUR).
O livro em alusão é composto por desenhos retratando uma diversidade de objectos acompanhados de uma legenda. Para Breda, o recurso ao sistema de comunicação aumentativa e alternativa serve como um estímulo à imaginação, cria nas crianças mais afectividade e criatividade.
Na cidade de Coimbra, em Portugal, a obra foi lançada com os seguintes objectivos: facilitar a descoberta da criança e a sua compreensão do mundo, tendo em consideração a diversidade étnica, religiosa, regional e cultural; fomentar atitudes inclusivas e de cidadania; ajudar a criança a escolher, descobrir e testar uma escala de valores: justiça, paz, liberdade, igualdade e solidariedade; desenvolver a criatividade e o mundo imaginário e proporcionar às pessoas incapazes de prover às suas próprias necessidades diárias de comunicação, através de meios naturais como a fala, o gesto ou a escrita, sistemas alternativos ou aumentativos de expressão.
A directora da Escola Primária Completa Especial Número 2, Beatriz Xavier, “O Piolho Zarolho e Arco-íris da Amizade”, destinado a crianças do Ensino Pré-Escolar, 1º Ciclo do Ensino Básico e pessoas com Necessidades Educativas Especiais, tem o que as crianças gostam de ver e aprender.
Aquela escola lecciona o nível primário básico a cerca de 90 alunos divididos em dois grupos, nomeadamente, de escolarização e de sensorial. Fazem parte do primeiro, crianças que mesmo tendo alguns problemas estão em condições de aderir ao sistema de ensino e aprendizagem e assimilar a matéria normalmente.
O segundo grupo é composto por alunos que não estão preparados para serem imediatamente escolarizados. Trata-se de crianças com deficiências motoras e que primeiro precisam de se familiarizar com o meio em que se encontram e mais tarde passarem para a fase de escolarização.
Por seu turno, Pires Jacinto formado em psicologia especial, e a trabalhar na Escola Primária Completa Especial Nr.1 há seis meses, afirma que tem duas tarefas fundamentais.
A primeira passa pelo agrupamento das crianças mediante as suas características ou resultados do diagnóstico feito no hospital. A segunda está relacionada com o acompanhamento psico-pedagógico das crianças já agrupadas em turmas.