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O mundo está a atrasar nas metas para 2020 de protecção da natureza, segundo a ONU

Os governos estão a fracassar no cumprimento de metas para proteger animais e plantas sob um plano estabelecido para a biodiversidade até 2020, o qual também busca aumentar o abastecimento alimentar e desacelerar a mudança climática, mostrou um relatório da Organização das Nações Unidas, esta segunda-feira (6).

Muitas espécies raras enfrentam um crescente risco de extinção, as florestas estão a ser desmatadas por fazendeiros a uma taxa alarmante, e a poluição e a pesca excessiva continuam, apesar de um esforço da ONU, definido em acordo em 2010, para reverter as tendências prejudiciais para a natureza.

“Tem havido um aumento no esforço (pelos governos)… mas isso não será suficiente para se alcançar as metas”, disse Bráulio de Souza dias, secretário-executivo da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), citando o relatório de progresso sobre o tema.

No geral, o relatório da Previsão para a Biodiversidade Global, divulgado no começo de um encontro sobre o tema na Coreia do Sul, esta segunda-feira, mostrou que apenas cinco das 53 metas estabelecidas para se preservar a natureza estavam dentro da meta ou à frente do itinerário.

As outras 48 estavam para trás. Os governos estão no caminho certo, por exemplo, em relação a uma meta que estabelece 17 por cento da área terrestre mundial até 2020 como áreas protegidas para a vida marítima, tais como parques ou reservas. Mas estavam para trás em metas como cortar pela metade a taxa de perda de habitats naturais, ou de prevenir extinções de espécies conhecidas ameaçadas.

“Apesar de histórias individuais de sucesso, o risco médio de extinção para pássaros, mamíferos e anfíbios ainda cresce”, disse o relatório, acrescentando que a biodiversidade significa mais do que campanhas para salvar orangotangos, ursos polares ou sapos raros.

Pedindo que os governos redobrem os esforços, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o sucesso na preservação da vida no planeta ajudaria nas metas de “eliminar a pobreza, melhorar a saúde humana e fornecer energia, alimentos e água potável para todos”.

Outros relatórios da ONU estimaram, por exemplo, que a polinização por insectos – amplamente feita por abelhas – vale cerca de 190 bilhões de dólares por ano ao assegurar a produção da alimentos. O relatório da segunda-feira estimou que o mundo precisaria de gastar entre 150 bilhões e 440 bilhões de dólares por ano para alcançar as metas de 2020.

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