MINI COOPER
Quarenta e dois anos separam o novo Mini do original. Semelhanças entre ambos? Para além das linhas da carroçaria, algumas características do interior, a tracção dianteira e a colocação transversal dianteira do motor… nada.
Um verdadeiro mimo é como pode ser caracterizado o novo Mini, por dentro e por fora. Tudo está em perfeita consonância. A posição de condução é boa, na origem disto está a elegância e o bom gosto que o caracterizam. A conjugação de elementos cromados com as formas arredondadas da carroçaria revela um equilíbrio perfeito.
O design mantém-se bastante próximo do modelo original, graças aos grupos ópticos redondos à frente e verticais atrás, à elevada linha de cintura, ao formato dos vidros (escurecidos) e ao desenho do tejadilho, embora este Mini seja maior e mais musculado que o do passado. É impossível apontar-lhe algum defeito a nível estético.
Os botões cromados existentes na consola central lembram os interruptores utilizados na competição. Em cima do volante está alojado o conta- rotações. O velocímetro, de grandes dimensões (também com fundo prateado), está colocado em posição central, estabelecendo ligação com os existentes nos Mini produzidos a partir de 1968.
Para além de bolsas nas portas e nas costas dos bancos dianteiros, o Mini dispõe de duas cavidades para os ocupantes do banco traseiro (uma de cada lado), uma prateleira por baixo do volante e outra por baixo do airbag do passageiro, podendo esta ser substituída por um porta-luvas, disponível em opção.
A mala? Com 160 litros de volume e um acesso elevado, é apenas simbólica. No entanto, chega a uns mais expressivos 670 litros com o rebatimento simétrico dos bancos traseiros (onde o tradicional comando) está localizado nas costas dos bancos e não à vista).
Qualidade de construção? Foi esta a única área que nos causou alguma estranheza, tendo sido por isso que a deixámos para último. Apesar do recurso a materiais de bom nível, os ruídos parasitas, quando se circula em mau piso, são uma realidade, assim como alguns acabamentos defeituosos: o fole da alavanca da caixa estava rasgado na sua base; a borracha da dobradiça da porta do condutor estava solta; o acabamento plástico que envolve a cava da roda direita desprendeu–se na autoestrada.
O motor que equipa o Mini Cooper é o 1.6 16V “Pentagon”, desenvolvido pela BMW em colaboração com a Chrysler. Apesar dos 115 cv, as relações de caixa longas fazem com que as performances sejam apenas modestas. Esperávamos mais de um modelo compacto com 1050 kg de peso. Ainda assim, as acelerações agradam bem mais que as reprises, sentindo-se nestas o facto de o binário máximo ser atingido somente às 4500 rpm. A velocidade máxima ficou aquém do anunciado pela marca. Os consumos estão perfeitamente dentro daquilo que se espera. Resta-nos aguardar pela chegada do futuro Cooper S, com 163 cv..