Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

‘@Verdade da Manhiça: O Jardim pá, qual é a cena?

“Qualquer centro urbano, por obrigação, precisa de ter espaços verdes pois constituem pulmões de concentrações humanas em espaços de betão e cimento. Os espaços verdes para além de terem uma certa importância no embelezamento e no sentido ‘estético’ de um centro urbano, o seu papel principal consiste na renovação do ar, isto é, as árvores e os arbustos absorvem grande parte do dióxido de carbono transformando-o em oxigénio através do processo da fotossíntese” (Sapiência da 5ª classe).

Como natural da Manhiça, de há alguns tempos para cá venho contemplando com muita preocupação o entorpecimento desavergonhado e fúnebre do Jardim (Municipal) da Manhiça localizado no centro da Vila. Em abono da verdade, diga-se, neste capítulo da localização é preciso descrevê-lo ao mínimo detalhe: Separa a Praça dos Heróis do Hospital Distrital.

Situa-se à frente da Direcção Distrital dos Serviços Económicos, da Escola Primária da Manhiça, da sede do Partido FRELIMO e da sede do Governo Distrital. Aliás, nem o palácio municipal nem a própria sede do Município fogem à sua localização geográfica (um parêntesis).

Posso até concordar que o jardim como tal perdeu a sua utilidade já há muito, contudo ninguém me pode provar que passa mais uma década pois sou apologista da ideia de que o seu abandono data de 2002 após a sua revitalização. E sendo assim, não pode deixar de constituir Espaço Verde útil para uma Vila da Manhiça que aspira a cidade.

Lembro-me de que, maltratado como está, aos insólitos aparecia lá um senhor movido pela boa vontade de abater serpentes que se iam multiplicando naquele local que virou seu habitat natural, outrora dos dementes. Agora nem (para) isso (serve), nem esmola nem mola. É um esquecimento dos mais audazes que ninguém ousa esquecê-lo. Opá! O jardim foi-se para sempre.

Pessoalmente, em 2007, ouvi alguém a prometer devolver-se a vida àquele local cujo projecto ambicioso daria uma nova imagem à Vila e a engrandeceria no cômputo turístico. Debalde. De 2007 até cá cabe um quinquénio e nem de cheiro do lançamento da primeira pedra para enganar os espíritos. Pelo contrário, a mais nova floresta tropical amazónica vai ganhando terreno.

Mas bem…bem… o que se passa mesmo? Nem eu sei. Certo dia quando questionei acerca do abandono daquele jardim, local onde cresci na companhia de amigos de infância, com a devida urgência ganhei uma resposta clara, curta e grossa, como se fosse para nunca mais repetir: “Porque não pegas na enxada, na catana, no machado e começas a desbravar?”. E ponto, o país vai crescendo.

Hoje volto a fazer a mesma questão mas de maneiras diferentes (espero que não digam desta que sou Matsanga): Para quando a restituição do Jardim da Manhiça e do seu pavilhão desportivo em anexo?

PS: Entendo que muitos acham que é ser Marginal e comportar-se como Matsanga quando se observa algo de errado e aborda-se sobre o mesmo. Talvez agora me podem chamar de Sábio porque vou dar uma solução:

Já que próximo ano é 2013, das eleições autárquicas (idênticas às intercalares de Quelimane), que tal não se deixar de lançar uma qualquer “Primeira” Pedra mais logo em Maio no dia da Manhiça e terminar as obras no período eleitoral para enganar a juventude que já não acredita em nada de ladainhas políticas mortíferas? Que tal?!

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!