Casimiro Naftal
Encontramo-lo numa tarde de calor intenso a trabalhar, como é hábito, na sua casa no bairro do Aeroporto, em Maputo. Casimiro Naftal Langa nasceu numa família tradicionalmente dedicada à escultura. É herdeiro do talento de seu pai, o conceituado escultor Naftal Langa.
Desde criança, seguiu as pegadas do pai e assim despertou o talento em si adormecido. Assim Casimiro engrena na arte de transformar troncos de madeira em figuras humanizadas. “E foi assim que, a partir de 1990 comecei a fazer escultura no atelier do meu pai”.
Com 26 anos de idade Casimiro quer continuar a estudar arte fora do país na ambição de melhorar a qualidade do seu trabalho e “quem sabe um dia tornar-me num escultor de renome internacional”, referiu.
Quando questionamos sobre o destino das suas esculturas, Casimiro respondeu peremptoriamente que não vende para os vendedores de rua e que se dirigem apenas às galerias, porque lá ficam em boas condições sem o risco de se estragarem. “Tenho feito trabalhos por encomendas e não entrego as minhas obras aos vendedores de rua porque nas mãos deles a escultura acaba por se degradar pela acção do tempo antes de ser comprada. Tenho um mercado bem definido (Galerias nacionais e da Àfrica do Sul)”.
A primeira exposição do artista aconteceu em 2001 e foi entitulada “Descoberta”. O artista já fez várias exposições colectivas e individuais em diversas casas culturais da capital do país, destacando-se o Centro de Estudos Brasileiros, Núcleo de Arte, Galeria do Aeroporto, Casa da Cultura do Alto Maé, espaço Joaquim Chissano da Mediateca do BCI Fomento e o Instituto Cultural Moçambique Alemanha (ICMA). Recentemente participou na 44ª edição da FACIM, onde colocou em exposição as suas mais novas obras, a convite do BCI Fomento.