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O G8 Ambiental adota uma ‘carta’ sobre a biodiversidade

Os ministros do Meio Ambiente do G8 e dos países emergentes adotaram nesta sexta-feira, em Siracusa, uma “carta” sobre a biodiversidade, considerada “indispensável para a regulação do clima”.

Neste documento de 25 pontos, os ministros do Meio Ambiente afirmam reconhecer que “a biodiversidade e os ecossistemas desempenham um papel-chave na manutenção do bem-estar humano e são essenciais para permitir que sejam atingidas as metas de desenvolvimento do Milênio” fixadas pela ONU.

A Carta vincula explicitamente a manutenção da biodiversidade à luta contra o aquecimento global: “a biodiversidade é indispensável à regulação do clima”, indicam os países participantes no documento. Eles declaram que, longe de não estarem relacionados a interesses econômicos, a biodiversidade e os recursos fornecidos pelos ecossistemas (água, ar,…) são essenciais e que é preciso levar em consideração o que representaria a sua perda, principalmente para os países pobres.

A Carta afirma que a biodiversidade deve ser mantida e restaurada em matéria de florestas, de pesca e de agricultura, e considera que a ciência e a pesquisa devem ser estimuladas e reforçadas. Por fim, ela adverte que é necessário um esforço comum na defesa da biodiversidade, indicando que “os múltiplos desafios que o mundo enfrenta hoje são um sinal evidente da necessidade de se aumentar os esforços para conservar e gerir de forma responsável a biodiversidade e os recursos naturais”.

Pouco antes da divulgação da Carta, o Brasil havia proposto a adoção de uma taxação de 10% sobre os lucros da indústria petroleira para alimentar o fundo de proteção ao meio ambiente para que os países em desenvolvimento possam financiar os esforços necessários de luta contra o aquecimento global. “Estamos convencidos de que somente os créditos de carbono não serão suficientes para financiar as adaptações necessárias para atingir a meta das Nações Unidas de limitar o aumento das temperaturas a 2ºC no fim deste século”, afirmou Carlos Minc, o ministro brasileiro do Meio Ambiente durante uma entrevista à imprensa.

O ministro brasileiro, que representa o Brasil na presidência do grupo dos 17 países em desenvolvimento, que representa a maior parte da biodiversidade mundial, indicou ainda que o Brasil conseguiu em Siracusa que a defesa da biodiversidade seja colocada entre as prioridades de Copenhague, no mesmo plano do aquecimento global. Carlos Minc disse ainda que a reunião na Itália foi boa porque como não foi decisória e viabilizou trocas construtivas entre os países do G8 e os demais. O G8 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Itália, Canadá, Rússia, Alemanha, Japão) convidou para estas discussões, além do Brasil, China, Índia, México, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Egito e Indonésia.

A Comissão Europeia, representada pela República Tcheca, que detém atualmente a Presidência rotativa da União Europeia, e a Dinamarca, que sediará a reunião de Copenhague em dezembro de 2009, também estavam presentes.

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