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O fim dos corais

Tão importantes para os oceanos como as florestas tropicais para os continentes, os corais correm sério risco de extinção. A situação já é considerada grave para 60% deles. A afirmação foi feita por um conjunto de mais de 25 organizações internacionais, que lançaram a análise mais completa à escala global sobre esses organismos.

Baptizado de “Reefs at Risk” (“Recifes em Risco”), o estudo estima ainda que em 2050 todas as estruturas desse tipo estarão seriamente ameaçadas. Entre as causas da destruição está um dos maiores vilões ecológicos dos últimos tempos: o aquecimento global.

A elevação da temperatura das águas do mar em apenas um grau pode matar as algas zooxantelas, que dão cor aos corais, o que deixa a sua estrutura transparente e revela o esqueleto de calcário (leia o quadro). Apesar de não morrerem, estes seres ficam extremamente enfraquecidos e expostos a doenças. Para se ter uma ideia, em 1998, os fenómenos climáticos conhecidos como El Nino e La Nina mataram 16% desses organismos no mundo.

Outras causas da destruição dos corais são a poluição, a pesca sem controlo e a ocupação do litoral, factores que tendem a agravar-se com o desenvolvimento económico. Mas, segundo o cientista marinho sénior do instituto The Nature Conservancy (TNC), Mark Spalding, um dos responsáveis pelo estudo, a salvação pode estar justamente no uso dos corais como fonte de rendimento.

“Não há razão para que o desenvolvimento económico gere a perda dos recifes, muito pelo contrário. Essas estruturas são extremamente valiosas economicamente – para alimentação, turismo e protecção da costa – e a nossa maior falha tem sido ignorar esse valor ao estimular o desenvolvimento”, defende.

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