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Número de mortos por terremoto na Itália sobe para 268; começam os primeiros enterros

O saldo de mortes do terremoto que devastou partes do centro da Itália subiu para 268 nesta sexta-feira, à medida que socorristas retiravam mais corpos de pilhas de destroços e famílias se preparavam para realizar os primeiros enterros.

O Departamento de Defesa Civil de Roma informou que quase 400 pessoas estão a ser tratadas por ferimentos em hospitais, e reportagens da mídia local dizem que cerca de 40 delas estão em estado grave.

A terra continuou a ser sacudida por tremores secundários, e pela segunda noite os sobreviventes dormiram em barracas montadas pelos serviços de emergência.

“Foi uma noite bem dura, porque você tem uma mudança significativa de temperatura aqui. Durante o dia é muito, muito quente, e de noite é muito, muito frio”, disse Anna Maria Ciuccarelli, de Arquata del Tronto. “Ainda há tremores secundários precedidos de estouros e, para nós que acabamos de passar por um terremoto, isso tem um efeito grande, especialmente psicológico”, disse.

Cerca de 2.500 pessoas ficaram desabrigadas pelo sismo de magnitude 6,2 de quarta-feira, e o governo prometeu reconstruir as comunidades arrasadas. Mais de 920 abalos secundários atingiram a área ao redor de Amatrice e as cidades próximas de Pescara del Tronto, Arquata del Tronto e Accumoli. Quase 60 deles ocorreram desde a meia-noite.

As famílias preparavam-se para sepultar seus mortos. Marco Santarelli, de 28 anos, filho de um funcionário de alto escalão do governo, morreu na casa de férias da sua família em Amatrice. “Não encontro palavras para descrever a dor de um pai que sobrevive aos seus próprios filhos. Talvez não haja palavras”, disse o pai de Marco, Filippo Santarelli, ao jornal Corriere della Sera.

O funeral de duas crianças e dos seus avós, mortos em Pescara del Tronto, estava agendado para esta sexta-feira, mas foi adiado para sábado e contará com a presença do presidente da Itália.

A busca por sobreviventes continuou durante a noite em Amatrice, onde se sabe que 207 pessoas morreram, e os socorristas, trabalhando com cães farejadores, escalavam pilhas de detritos tentando encontrar pessoas ainda soterradas.

Em outras cidades e vilarejos as buscas estão diminuindo. “Retiramos os últimos corpos de que tínhamos conhecimento”, disse Paolo Cortelli, membro do serviço nacional Resgate Alpino, que ajudou a recuperar cerca de 30 corpos de Pescara del Tronto.

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