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Número de mortes em massacre de Mindanao sobe a 57

O balanço de vítimas da chacina de segunda-feira na ilha de Mindanao (sul das Filipinas) subiu para 57 na quarta-feira, depois que mais 11 corpos foram encontrados, informou a polícia local.

O chefe de polícia regional, Josefino Cataluna, anunciou a descoberta de seis corpos durante a manhã e de outros cinco ao fim da tarde perto do povoado de Saniag. Um fotógrafo da AFP acompanhou a retirada dos cinco últimos cadáveres, todos homens, já em estado de decomposição. As vítimas, incluindo jornalistas e políticos, foram sequestradas na segunda-feira por homens armados na província de Maguindanao, ilha de Mindanao. A presidente filipina Gloria Arroyo decretou na terça-feira estado de emergência em parte da ilha. O estado de emergência afecta a província de Maguindanao e envolve 1,54 milhão de pessoas.

A polícia filipina considera um aliado político da presidente Arroyo como o principal suspeito do massacre, que estaria relacionado às eleições de 2010. “Segundo os primeiros elementos da investigação, os sequestrados e posteriormente assassinados em Saniag foram detidos em um primeiro momento por um grupo liderado pelo prefeito de Datu Unsay”, afirmou o porta-voz da polícia nacional, Leonardo Espina. O prefeito de Datu Unsay é Andal Ampatuan Jr., membro da coalizão de governo de Arroyo e filho de Andal Ampatuan, líder de um clã muçulmano, três vezes governador de Maguindanao, uma província da ilha de Mindanao, e que sempre apoiou a presidente nas eleições gerais.

O Exército já acusara seguranças do clã Ampatuan como responsáveis pela chacina, mas esta é a primeira vez que a polícia divulga o nome do principal suspeito. Entre as vítimas do massacre estão a esposa e alguns parentes de Esmael Mangudadatu, um rival político de Ampatuan. Segundo o Exército e pessoas ligadas às vítimas, Ampatuan organizou a chacina para impedir a candidatura de Mangundadatu nas eleições do próximo ano. “É um massacre horrível de civis, sem igual recentemente”, declarou Jess Dureza, conselheiro da presidente Arroyo. “Esta violência deve ser detida.

Eu peço com muita insistência que o estado de emergência seja decretado na zona e que todas as armas sejam apreendidas”, acrescentou. “A justiça chegará e os autores serão punidos, sejam quem forem”, acrescentou Gabriel Claudio, outro conselheiro político da presidente.

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