Um novo terminal de carvão está em construção no porto da Beira, devendo as obras terminar em 2014, altura em que começará a manusear entre 15 milhões e 18 milhões de toneladas por ano daquele recurso a ser produzido em Moatize, província de Tete, para exportação.
O valor do empreendimento ronda entre os 300 e 400 milhões de dólares norte-americanos a serem mobilizados pela empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) junto de potenciais investidores estrangeiros, segundo António Libombo, director do Gabinete de Comunicação e Imagem daquele complexo ferro-portuário.Um dos financiadores é a Riversdale, que “já enviou ao Governo uma carta de manifestação de interesse em financiar e desenvolver a utilização desta infra-estrutura”, indicou Anthony Martin, director executivo daquela companhia australiana, falando ao Correio da manhã.
Contudo, ainda não há data para o início do processo de mobilização de fundos externos para o novo terminal de carvão da Beira, “mas os CFM já iniciaram as obras com os próprios fundos, enquanto criam condições para recepção de potenciais investidores externos”, esclareceu Libombo em contacto com o Cm.
Sabe-se, entretanto, que mais obras estão em curso no porto da Beira, desta feita, de reabilitação, até segundo semestre de 2011, do Cais-8, financiadas pela Riversdale e companhia brasileira do Vale em 80 milhões de dólares norte-americanos, devendo manusear cerca de seis milhões de toneladas/ano de carvão para exportação.
Pela linha do Sena, a companhia australiana espera exportar outros seis milhões de toneladas de carvão, estando a finalizar o processo de aquisição de 11 locomotivas e 200 vagões, num investimento de 50 milhões de dólares.