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Novo cônsul-geral de Moçambique em Macau foi expulso de Portugal quando trabalhava para o SNASP

O diplomata escolhido por Moçambique para abrir um consulado-geral em Macau este ano trabalhava para o SNASP, antiga polícia secreta nacional, e chegou a expulso de Portugal em 1989 por presumível ligação ao caso do assassinato do ex-secretário-geral da Renamo, episódio que diz hoje “pertencer ao passado”.

“Escuso-me a comentar. Isso foi uma coisa do passado. Estou aqui no contexto das relações entre Moçambique e China”, afirmou Rafael Custódio Marques em declarações à Lusa.

Segundo o jornal Savana, citando notícias da altura, a imprensa internacional recorda que as autoridades portuguesas pediram ao Estado moçambicano que retirasse imunidade ao diplomata Rafael Custódio Marques(um agente do SNASP, hoje SISE, a trabalhar na embaixada de Lisboa), para o ouvir em conexão com o assassinato de Evo Fernandes. Maputo recusou “despir” Marques e Lisboa viu-se forçado a expulsá-lo, declarando-o “persona non grata”, o mesmo que “cidadão indesejável”, numa tradução livre do jargão da diplomacia.

Segundo o semanário, Alexandre Chagas, assassino confesso de Fernandes, condenado a 18 anos de prisão, disse em tribunal que a “execução” do antigo secretário-geral da Renamo fora “encomendado pelo SNASP.  O governo de Moçambique acreditava na altura que se eliminasse o que denominava de “facção portuguesa” da Renamo conseguia decapitar o movimento.

O anúncio de que Rafael Custódio Marques vai ser cônsul-geral de Moçambique em Macau foi feito na segunda-feira pelo próprio à agência Lusa, tendo o diplomata explicado que o objetivo é “estreitar relações de cooperação e empresariais”.

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