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Nova fábrica de processamento de castanha de caju em Nangade

Uma nova fábrica de processamento e empacotamento de castanha de caju entra em funcionamento próximo ano (2013), na vila-sede do distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado, zona norte de Moçambique.

Melchior Focas, administrador de Nangade disse que para o efeito, foi concluída com sucesso a montagem de equipamento fabril, que já se encontra em funcionamento experimental para o treinamento de 20 jovens que irão formar cerca 200 operários a serem recrutados para trabalhar naquela unidade industrial.

Em declarações prestadas ao jornal “Diário de Moçambique” Melchior precisou que a capacitação dos 20 jovens, formadores dos futuros operários daquela unidade fabril, é assegurada por um técnico indiano que esteve envolvido na montagem do equipamento de processamento da castanha de caju.

A fábrica tem uma capacidade instalada para processar mil toneladas por ano, facto que vai contribuir para reduzir consideravelmente a procura de mercado para colocação dessa cultura de rendimento por parte dos produtores locais e de distritos vizinhos.

Sem entrar em detalhes sobre a entidade que vai gerir o empreendimento e nem a data de início da actividade, disse que a unidade industrial vai contribuir para o desenvolvimento do distrito de Nangade.

Cabo Delgado está também a experimentar iniciativas locais de processamento e empacotamento manuais de castanha de caju em várias zonas da província, com destaque para os distritos de Nangade e Mueda, cuja produção global atinge cerca de 800 toneladas por ano.

Nangade está, neste momento, a enfrentar dificuldades na comercialização da castanha produzida este ano por falta de compradores, depois de superadas as divergências entre comerciantes e produ- tores, no tocante ao preço mínimo daquele produto de rendimento.

Melchior Focas revelou que foi definido um preço mínimo consensual de oito a dez meticais por quilograma de castanha de caju e que até Novembro findo os quatro intervenientes já tinham comprado aos camponeses um volume de 3.400 toneladas, das sete mil previstas para este ano.

O administrador de Nangade reconhece que elevadas quantidades de castanha de caju continuam ainda nas mãos dos produtores por falta de compradores, mas manifestou esperança de que até Janeiro, altura da colheita da segunda época, seja comprada toda a produção.

A província de Cabo Delgado prevê colher no presente ano uma produção de 12 mil toneladas de castanha de caju, contra as 11 mil toneladas alcançadas em 2011. Mais de metade será produzida no distrito de Nangade.

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