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Norte-coreanos famintos teriam atacado agentes de segurança

Norte-coreanos famintos teriam atacado agentes de segurança do país comunista, um dos mais pobres do mundo, que sofre com a penúria alimentar crônica, indicou esta terça-feira a imprensa sul-coreana. Os distúrbios aumentaram na Coreia do Norte desde a brusca revalorização do won, em novembro de 2009, uma medida que buscava originalmente controlar a inflação e frear as transações no mercado negro, mas acabou tendo o efeito contrário.

A decisão pegou os norte-coreanos desprevenidos, e agravou a já periclitante situação alimentar do país, explicou o portal de notícias Daily NK, hostil ao regime norte-coreano. “Os comerciantes e os habitantes perderam seus bens devido à revalorização”, afirmou o portal. “As pessoas se desentendem com os agentes de segurança porque estão desesperadas e sentem que, independente do que fizerem, morrerão”, estimou uma fonte anônima citada pelo portal digital.

Segundo o Daily NK, um incidente aconteceu na segunda-feira, quando um grupo de pessoas agrediu uma patrulha de agentes em Pyongsung, na província de Pyongan do Sul. O portal não dá detalhes sobre eventuais vítimas. O jornal JoongAng Daily afirmou, por sua vez, que o chefe do serviço secreto sul-coreano (NIS, na sigla em inglês) falou há uma semana ao parlamento de seu país sobre os distúrbios causados pela revalorização monetária no vizinho do norte.

“A medida provocou problemas em vários lugares (…), mas o governo norte-coreano parece ter a situação sob controle”, afirmou Won Sei-Hoon, segundo o jornal. Além disso, a agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que há pessoas morrendo de fome, citando como fontes comerciantes estabelecidos perto da fronteira entre os dois países.

Centenas de milhares de norte-coreanos morreram durante a grande onda de fome dos anos 90, causada por desastres naturais e pela desastrada política econômica do governo. Desde então, a Coreia do Norte depende de ajuda internacional para alimentar sua população.

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