A produção das cartas de condução e sua distribuição aos utentes estará reposta até Outubro próximo pondo-se fim ao prolongado tempo de espera que os utentes têm vindo a ser obrigados a suportar desde Outubro de 2011, altura em que a empresa fornecedora de matéria prima passou por uma crise estrutural.
Edgar Gemo, director geral adjunto do Instituto Nacional do Transportes Terrestres e Rodoviários (INATTER), assegurou que a dificuldade já foi ultrapassada e que, de Julho último a esta parte, já foram emitidas 40 mil cartas das 75 mil que estavam em atraso.
Segundo Gemo, desde o ano passado que a empresa fornecedora de matéria-prima vem passando por problemas estruturais que tem a ver com a sua venda. Este cenário, acrescentou a fonte, fez com que a empresa passasse das mãos de vários proprietários, facto que a remeteu numa crise, resultando na restrição do fornecimento de matériaprima.
“Vamos cobrir todo o atraso este mês para que, em Outubro próximo, possamos voltar a produzir normalmente para entregar a carta de condução dentro do prazo de três meses estabelecido e contamos, até ao final do ano, reduzir o tempo de espera para um mês”, disse Gemo.
Em paralelo, segundo Gemo, o INATTER está a trabalhar no sentido de encontrar alternativas para criar capacidade interna para a produção deste documento, para se evitar que situações do género voltem a acontecer no futuro.
A fábrica de produção de cartas de condução, instalada em Maputo, tem uma capacidade para emitir 1600 unidades por dia, acima das cerca de 600 cartas que são solicitadas diariamente em todo o território nacional.
Durante a crise, de acordo com a fonte, era conferida aos condutores a carta provisória, um documento que o INATTER fez questão de procurar formas de fazê-lo valer para a condução nos países da região de Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Sobre a possibilidade de o documento ser falsificado, Gemo disse o mesmo elemento de segurança de difícil falsificação, tendo explicado que já houve casos desta natureza em relação a carta provisória, mas era uma coisa visível a olho nu o que ditou a suspensão e expulsão de alguns funcionários.
Quanto as cartas propriamente ditas, Gemo disse que, até ao momento, não foi registado qualquer caso de falsificação, porque ela contém elementos de segurança que, para além de serem de difícil falsificação, são verificáveis de várias formas.