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Ninguém cria família para depois pedir esmola- Guebuza

O Presidente da República, Armando Guebuza, disse que os moçambicanos devem continuar empenhados na promoção da cultura de trabalho, virtude que os dignifica como um povo heróico e que os afasta da prática de mão estendida.

 

Falando, quinta-feira, em Maputo durante o lançamento do “Diálogo Social e Cultura de Trabalho”, Guebuza reiterou que, “nesta pátria de heróis”, devem ser os próprios moçambicanos a libertarem-se da pobreza.

 

“Devemos continuar empenhados na promoção da cultura de trabalho, o que nos dignifica como um povo heróico e a não enveredar pela prática de mão estendida, que nos humilha – ninguém constitui família para depois andar a pedir isto ou aquilo a terceiros, mas agradece e valoriza o que recebe de terceiros entanto que complementos àquilo que ele próprio faz para resolver os seus problemas”, disse Guebuza.

Segundo o estadista moçambicano, onde se incute a cultura de trabalho, o moçambicano reencontra-se com a sua auto-estima e ganha maior confiança nas suas capacidades de vencer os desafios.

“Neste quadro, ele assume a assiduidade e a pontualidade como essenciais para a realização desse objectivo; coloca a produtividade, a auto-superação e a inovação no centro das suas atenções; procura inspirar-se nos seus resultados para encherse de certezas de que pode fazer mais e melhor ainda; e reconhece o papel de factores como a tranquilidade, cultura de paz e complementaridade com os outros cidadãos e instituições como facilitadores da sua missão”, referiu ele.

A campanha lançada hoje visa promover o diálogo social como mecanismo de estabilização das relações laborais e de preservação da paz social, através de transmissão de mensagens educativas sobre os instrumentos legais existentes.

No seu discurso de lançamento desta campanha, Guebuza disse que a Comissão Consultiva do Trabalho (órgão que integra o Governo, empresariado e sindicatos) foi criada para, de forma institucional, realizar debates sobre matérias económico-sociais, cobrindo uma diversidade de temas e alargando-se gradualmente e de forma cada vez mais inclusiva e participativa para todas as províncias do país.

Por outro lado, o Governo criou a Comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem de Conflitos Laborais com o objectivo de prevenir e dirimir conflitos laborais.

“Como Governo e parte do diálogo tripartido, o nosso papel prende-se com a criação de condições para o funcionamento pleno do diálogo social. Através das reformas no sector público, fazemos a nossa parte no combate aos obstáculos ao nosso desenvolvimento, entre eles o burocratismo, o espírito de deixa-andar, a corrupção e o crime bem como as doenças como malária, HIV/SIDA e cólera”, sublinhou o Chefe do Estado.

Os sindicatos moçambicanos reconhecem os progressos já alcançados no país fruto do diálogo Tripartido, mas dizem haver muitas dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores.

Naftal Simbine, dos Sindicatos Livres e Independentes de Moçambique, disse que ainda existem empresas em Moçambique que não aceitam ou então dificultam o funcionamento de comités sindicais no local do trabalho e consideram o trabalhador como uma simples “máquina que simplesmente deve responder os comandos do seu operador”.

O presidente da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM)- Central Sindical, Carlos Mucareia, manifestou o seu desejo do diálogo social desenvolver e poder resultar na fixação de um salário minimamente razoável para o trabalhador.

Na sua intervenção, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Salimo Adbula, sublinhou a importância do diálogo social, elemento que se os empresários não tiverem em conta colocam em perigo a vida dos trabalhadores e a sustentabilidade das empresas.

Abdula reconheceu que Moçambique ainda vive uma situação de insegurança permanente devido a ocorrência frequente de conflitos laborais.

Por isso, para ele, ao abordar o diálogo social, esta campanha deve privilegiar a divulgação, no local do trabalho, das leis laborais, produção, pelos serviços de inspecção, de mensagens educativas, entre outras medidas.

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