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Nigéria diz ter morto 300 militantes do Boko Haram e os países vizinhos aumentam ajuda

As forças nigerianas mataram mais de 300 combatentes do Boko Haram durante uma operação para recapturar 11 cidades e vilarejos desde o início da semana, informaram os militares, esta quarta-feira (18), numa guerra que envolve cada vez mais os vizinhos Camarões, Chade e Níger.

Os combates mais recentes aconteceram num momento no qual a maré parece virar contra o Boko Haram, uma vez que as nações vizinhas, assoladas pelos ataques nas fronteiras, estão a actuar mais contra os insurgentes. No meio de uma preocupação global crescente, Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benim estão a preparar uma força de 8.700 efectivos para enfrentar os islâmicos.

“Armas e equipamentos também foram capturados, e alguns destruídos”, disse o porta-voz nigeriano da defesa, o major-general Chris Olukolade, sobre os confrontos. “Entretanto, dois soldados perderam as vidas, e outros 10 ficaram feridos.”

Não foi possível verificar de forma independente a declaração dos militares. As forças da Nigéria já foram acusadas de aumentar as baixas inimigas e diminuir suas próprias e as de civis no fogo cruzado.

As forças camaronesas, apoiadas pela Força Aérea do Chade, realizaram ataques aéreos e usaram artilharia pesada contra o Boko Haram no vilarejo de Gourgouroon, na divisa entre Nigéria e Camarões, relatou o porta-voz do Exército camaronês, o coronel Didier Badjeck.

Com ataques incansáveis contra militares e civis, o Boko Haram já matou milhares de pessoas e sequestrou centenas desde que iniciou, em meados de 2009, sua violenta campanha para criar um califado, ameaçando a estabilidade da maior economia e maior exportador de petróleo da África, assim como de toda a região.

O Boko Haram foi citado como razão para o adiamento em seis semanas da eleição presidencial nigeriana, marcada para o sábado passado. Na terça-feira, o líder do grupo, Abubakar Shekau, apareceu em um vídeo monitorado pelo Grupo de Inteligência SITE, sediado nos Estados Unidos, no qual ameaçou perturbar a votação.

Os militantes veem a democracia como contrária ao islamismo. Os soldados nigerianos afirmaram ter reconquistado a cidade estratégica de Monguno, às margens do Lago Chade, onde quatro países encontram-se, do Boko Haram na segunda-feira.

Mais de cinco mil pessoas fugiram da localidade depois que os insurgentes a tomaram no mês passado. A violência no nordeste ameaçou as perspectivas de reeleição do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, acusado de fazer muito pouco para proteger os civis dos militantes, embora as vitórias recentes possam fazer a opinião pública pender a seu favor.

A cooperação cada vez maior entre os vizinhos da Nigéria também está atraindo doações para ajudar a combater os islâmicos, e o Exército dos EUA está a fornecer equipamento e inteligência aos aliados.

Na segunda-feira, os presidentes das 10 nações da Comunidade Económica de Estados Centro-Africanos (CEEAC, na sigla em inglês) prometeram criar um fundo de emergência de 87 bilhões de dólares para a empreitada.

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