A província do Niassa, Norte de Moçambique, através da empresa Tenga, Lda., iniciou, em Julho passado, a exportação de amêndoa de macadémia para a Europa, abrindo assim mais uma porta para a província entrar em mercados internacionais.
Vincent Peacolk, director-geral da empresa, disse tratar-se de uma experiência nova que arranca, numa primeira fase, com a exportação de cinco toneladas para, na próxima safra, a quantidade ascender as 50 toneladas, num exercício que vai incluir também os mercados asiático e australiano.
O projecto da macadémia ganhou corpo em 2004 através da Fundação Malonda que apadrinhou e encorajou a Tenga, Lda., uma empresa moçambicana de capitais estrangeiros, a investir na província de Niassa, concretamente nas imediações dos rios Luchesse e Metomone, em Majune, distrito que antes havia albergado o fracassado programa MOZAGRIUS.
Dados da Fundação Malonda, instituição responsável pela atracção de investimentos para a província do Niassa, citados pelo “Noticias”, indicam que para o aproveitamento integral da área concessionada (cerca de dois mil hectares) a Tenga, Lda., vai gastar perto de 15 milhões de dólares norte-americanos.
Actualmente a empresa explora apenas uma área de 500 hectares e emprega mais de 80 trabalhadores, entre agricultores, pessoal de serviços e técnicos.
A macadémia é uma cultura cuja produção é muito trabalhosa porque a sua planta consome muita água, razão pela qual a empresa montou uma motobomba que puxa o precioso líquido para os campos de produção, através de um sistema de irrigação moderno.
A próxima etapa, segundo explicou a fonte, passa por construir uma pequena barragem sobre o rio Luchesse para assegurar que toda área concessionada seja aproveitada de forma sustentável, garantindo a criação de mais postos de trabalho.