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Negociações sobre o clima avançam em Bangcoc

As negociações sobre o clima registraram progressos animadores no caminho de Copenhague, onde todos os países vão se reunir em dezembro para tentar conter o aquecimento global. “Existe uma dinâmica positiva. A Cúpula da ONU em Nova York do dia 22 de setembro insuflou um sentido de emergência”, declarou nesta segunda-feira Paul Watkinson, chefe da equipe de negociação francesa sobre o clima, destacando que mesmo que o caminho a percorrer permaneça muito difícil, “há uma real vontade de avançar, de estruturar o texto”.

A dois meses da conferência de Copenhague, que acontece de 7 a 18 de dezembro, o objetivo da reunião de Bangcoc, que será encerrada na sexta-feira depois de duas semanas de discussões, é elaborar um documento de trabalho curto e denso, mais fácil de ler que as indigestas 200 páginas que os delegados tinham nas mãos há uma semana. “Houve avanços nas questões técnicas”, afirmou Kim Carstensen, da organização WWF.

“Registramos progressos sobre a floresta, as transferências tecnológicas e a adaptação”, enumerou o especialista francês Pierre Radanne. Porém, para os grandes números, como metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e financiamento, “será preciso esperar a última noite em Copenhague”, antecipou Carstensen.

O formato do futuro acordo continua provocando tensões entre países emergentes e industrializados. Na tarde desta segunda-feira, a China acusou os países ricos de “modificar as regras do jogo” na última hora ao tentar suprimir “o protocolo de Kyoto e tudo o que ele representa”. “É como se nos cinco últimos minutos de uma partida, um jogador apresentar um conjunto de novas regras e pedir ao adversário que as aceite como uma pré-condição para qualquer progresso”, comparou Yu Qingtai, encarregado chinês das negociações sobre o clima, durante uma entrevista coletiva.

A prioridade de Copenhague é reforçar os compromissos obrigatórios de redução das emissões poluentes dos países ricos, assinados em Kyoto para o período 2008-2012. Vários países, entre eles o Japão, a Austrália e o Canadá, já expressaram o desejo de virar a página de Kyoto. Já os emergentes querem manter um Protocolo de Kyoto emendado que garanta que os países do norte – considerados os responsáveis históricos pela poluição da atmosfera – continuam com os esforços para conter o aquecimento global.

Na tarde desta segunda-feira, 1.000 pessoas se reuniram diante do centro de conferências da ONU em Bangcoc para pedir uma verdadeira “justiça climática”.

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