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Não há sobreviventes em queda de avião russo na Indonésia

Equipes de resgate encontraram nesta quinta-feira vários corpos e nenhum sobrevivente entre os destroços de um avião russo que caiu na véspera em uma montanha indonésia durante um voo de demonstração, com 45 pessoas a bordo.

O Sukhoi Superjet 100, primeiro avião de passageiros lançado pela Rússia desde o fim da União Soviética, tinha a bordo jornalistas e empresários indonésios, além de oito russos (incluindo funcionários diplomáticos, técnicos e pilotos), dois italianos, um cidadão da França e um dos EUA, segundo Vladimir Prisyazhnyuk, presidente da empresa Sukhoi Civil Aircraft.

“Não encontramos sobreviventes”, disse Gagah Prakoso, porta-voz da equipe de buscas, ao canal local Metro TV.

Autoridades disseram que o avião perdeu contato com rádio na quarta-feira depois de solicitar autorização para descer a 6.000 pés (1.800 metros) nos arredores do Monte Salak, um vulcão que se ergue a 2.200 metros sobre o nível do mar, cerca de 60 quilômetros ao sul de Jacarta.

O Superjet, modelo lançado em 2007, fazia o seu segundo voo do dia, como parte de uma digressão de divulgação pela Ásia. O fabricante tinha a intenção de vender até 42 aparelhos para a Indonésia.

As buscas foram retomadas ao amanhecer da quinta-feira, e um helicóptero posteriormente localizou destroços na encosta do adormecido vulcão Salak. Várias equipes terrestres então seguiram por trilhas íngremes e com mata fechada até o local do acidente.

Uma foto tirada do helicóptero sugere que o avião bateu no topo de um paredão rochoso quase vertical. Pequenos pedaços brancos podem ser vistos espalhados num pedaço exposto do penhasco.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, disse em entrevista coletiva que uma investigação será aberta imediatamente.

O avião era pilotado pelo piloto-chefe de testes civis da Sukhoi, Alexander Yablontsev, e pelo seu copiloto, Alexander Kochetkov, segundo a empresa de capital italiano Superjet International, que comercializa o avião no Ocidente. Yablontsev tinha 10 mil horas de voo como piloto, e havia comandado o Superjet no seu voo inaugural, em 2008.

O acidente ocorreu 45 anos depois de um Fokker F-27 de fabricação holandesa bater num morro nas Filipinas durante um voo promocional, provavelmente por falha humana, segundo a Fundação de Segurança do Voo.

“Há perdas em voos de exibição, e elas não são geralmente culpa do avião. Mas, sem informações, é impossível saber as circunstâncias aqui”, disse Paul Hayes, diretor de segurança da consultoria aérea Ascend.

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