A policia moçambicana (PRM) apreendeu, nos meses de Janeiro e Fevereiro últimos, na província nortenha de Nampula, três toneladas de pedras preciosas e semi-preciosas ilegalmente exploradas em território nacional e que estavam prestes a serem exportadas.
Moisés Paulino, Director Provincial dos Recursos Minerais em Nampula, disse que o caso mais recente ocorreu no dia 25 de Fevereiro quando, numa operação conjunta entre a Polícia e a inspecção dos Recursos Minerais, foi possível apreender uma tonelada e trezentos quilos de granada e dois quilogramas de turmalina.
As quantidades apreendidas nesta operação, segundo Paulino, estavam concentradas numa residência no bairro de Muhala-Belenenses, aguardando pela hora e dia da sua exportação para Ásia.
“Este ano apreendemos muita pedra preciosa e semi-preciosa. As nossas operações contam com uma colaboração especial de populares que, notando algum movimento estranho, comunicam à nossa inspecção”, disse a fonte.
A edição de hoje do “Diário de Moçambique”, jornal editado na cidade da Beira, Centro do pais, cita Moisés Paulino a dizer que grande parte do produto apreendido não é oriundo de Nampula mas sim da província central de Manica e que os contrabandistas usam Nampula apenas como porta de saída principalmente para o mercado externo.
Neste contexto, a fonte apelou as autoridades à escala nacional para empreenderem esforços adicionais, sobretudo na fiscalização, para evitar que minérios nacionais sejam exportados ilegalmente.
“Só a granada e a turmalina apreendidas no Muhala-Belenenses são avaliadas em pouco mais de dois milhões de meticais (um dólar norte-americano equivale a cerca de 31 meticais), valor necessário para a execução de acções de impacto positivo na vida do povo moçambicano”, afirmou Paulino.
A fonte precisou que as quantidades apreendidas, durante as operações deste ano, superam de longe as dos anos de 2010 e 2009, pois nas estatísticas do sector há o registo de 2,3 toneladas de pedras preciosas e semipreciosas.
Com 21 distritos, a província de Nampula tem fiscais de recursos minerais em apenas 13, facto que demonstra claramente o grande défice de pessoal que se regista nesta área.