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Nacarôa combate desvio da rede mosquiteira para pesca

O administrador de Nacarôa, Mário Bombi, afirmou que o uso da rede mosquiteira para a pesca artesanal, uma prática comum naquele distrito, vai passar para a história nos próximos tempos.

A promessa foi feita, há dias, no arranque da distribuição de cerca de 55 mil redes mosquiteiras para beneficiar 109 mil agregados no âmbito do programa do Ministério da Saúde implementado pela Visão Mundial inserido na prevenção da malária, principal razão de procura de cuidados sanitários em Nacarôa.

Na ocasião, Mário Bombi referiu que o seu executivo vai usar parte dos fundos de financiamento de iniciativas locais vulgo “sete milhões” canalizados pelo governo central ao seu distrito para fazer a aquisição de redes para a pesca que serão colocadas a disposição dos interessados que poderão comprar a preços bonificados.

O governante frisou que o seu governo chegou a conclusão que uma das razões principais que leva as populações a fazer o desvio da rede mosquiteira para a actividade da pesca artesanal nos rios que circundam o seu distrito é a indisponibilidade de apetrechos para o exercício daquela actividade geradora de rendimento e para a satisfação das necessidades locais em termos de pescado.

Destacou que o uso da rede mosquiteira para a actividade da pesca arrasta consigo vários problemas sobretudo de índole ambiental na medida que o ecossistema fica empobrecido com a morte das espécies que são arrastadas por aquele instrumento considerado eficaz para a prevenção da malária.

O director dos serviços distritais da saúde mulher e acção social em Nacaroa, Silvano Solinho, precisou que a sensibilização das comunidades para o abandono da rede mosquiteira como instrumento para a pesca ou secagem de produtos agrícolas vai prosseguir e esta acção conta com o apoio da Helvetas uma organização internacional suiça que transmite mensagens sobre os cuidados a ter com o saneamento.

Paralelamente, o governo aposta na expansão da rede sanitária para permitir as comunidades a redução das distancias que percorrem para chegar a uma unidade sanitária, facto que concorre para evitar complicações, sobretudo em relação a mulher grávida e a malária.

Uma nova unidade sanitária está projectada para o próximo ano cujas as obras deverão arrancar brevemente na localidade de Halaca que regista um crescimento demográfico acelerado nos últimos tempos devido as potencialidades locais, particularmente para a agricultura, pecuária e pesca.

A Visão Mundial, que recebeu uma doação do governo norte americano estimado em 1,3 milhão de dólares. está a levar a cabo a distribuição de 200 mil redes mosquiteiras, um processo que iniciou no distrito de Murrupula, de onde transitou para Muecate e agora ocorre em Nacaroa, suas áreas de intervenção para o desenvolvimento integrado local.

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