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Cabo Delgado: Escola de escultura entra em funcionamento

Trinta jovens naturais da província de Cabo Delgado estão a esboçar um projecto de criação de uma escola de formação técnica em matérias de escultura em arte makonde, na capital província de Nampula.

Esta intenção foi manifestada, Quarta-feira, por Gilberto Pedro Augusto, chefe da Galeria de Arte Makonde, um pequeno estabelecimento que se dedica à venda de diversos tipos de obras produzidas, a título individual, naquele que é considerado terceiro maior centro urbano do país.

De acordo com Gilberto Augusto, o projecto deveria ter sido concretizado no ano passado, mas dificuldades de natureza financeira para aquisição de instrumentos de trabalho são apontados como um dos maiores constrangimentos.

São necessários mais de 300 mil meticais para a criação de uma escola de formação técnico-profissional devidamente equipada e com capacidade de absorver todos interessados nesta prática para o seu auto-emprego.

Em Nampula, os escultores desenvolvem a actividade em instalações do Museu Nacional de Etnologia, onde a galeria está instalada, cujas taxas de arrendamento são, entretanto, consideradas bastante elevadas.

Os escultores manifestam-se, igualmente, preocupados com o que apelidam de falta sensibilidade pela cultura ao nível do governo. O chefe da galeria, fundada em 1979, afirma ter beneficiado de nenhum apoio material ou financeiro.

Apenas em 2009 o grupo beneficiou de uma formação em matérias de gestão de pequenos negócios, no quadro dos projectos de geração de rendimento desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Acção Social (INAS) que, na altura, se comprometera em disponibilizar alguma verba, facto que não chegou a realizar-se até este momento.

Os artesãos estão interessados em constiuir-se em cooperativa, a partir deste ano, embora se queixem de falta do domínio da Lei 23/2009, de 8 de Setembro, que regula as normas sobre o cooperativismo em Moçambique.

A nova lei de cooperativas entrou em vigor seis meses da sua aprovação, mas com fraca divulgação. Entretanto, Atumane Muquissirima, sócio-consultor da Sociedade Cooperativa de Desenvolvimento e Serviços Miruku, Lda, comprometeu-se em facultar-lhes alguns módulos necessários para a criação da pretendida cooperativa.

Muquissirima disse que acções de divulgação deste intrumento legal estão a ser promovidas pela sua instituição , em parceria com Associação Moçambicana de Promoção das Cooperativas Modernas (AMPCM) nas cidades de Nampula, Nacala-porto, Angoche, IIha de Moçambique, incluindo a vila de Ribàuè.

A Miruko, termo que significa ideia em língua oficial, é uma empresa privada vocacionada à assessoria a vários actores para o desenvolvimento económico local.

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