A autarquia de Nacala-Porto já passa a contar, desde Dezembro último, com uma revista da sua propriedade, na qual a edilidade pretende abordar assuntos relacionados com actividades por si realizadas e viradas ao seu desenvolvimento e dos respectivos munícipes.
Lançada oficialmente na noite de 30 de Dezembro pelo edil Chale Ossufo, num jantar por ocasião do Fim do Ano, a revista é baptizada com o nome de “Quissimajulo”, tendo uma periodicidade bianual e bilingue (português e inglês).
O lançamento deste periódico deveria ter ocorrido a 16 de Setembro do ano passado, durante as comemorações dos 39 anos da cidade de Nacala, mas questões organizacionais ditaram o seu adiamento.
Com 32 páginas, a primeira edição aborda matérias relacionadas com as realizações feitas nos 20 meses do actual governo municipal, os desafios que se lhe colocam, as perspectivas de desenvolvimento com os mega projectos em vista e um vigoroso convite do seu presidente aos investidores, tanto nacionais como estrangeiros.
A mesma espelha, ainda, as enormes potencialidades em recursos de que Nacala-Porto dispõe, principalmente turísticos, fazendo eco da construção do futuro Aeroporto Internacional de Nacala e ser ali onde se situa um dos mais importantes portos da África Oriental.
A transformação de Nacala numa Zona Económica Especial é uma outra alavanca que incrementará o crescimento do nosso município, pois abrirá mais espaço de competitividade entre os empresários, tanto nacionais como estrangeiros, diz a revista, na sua nota de abertura.
Na cerimónia do lançamento da revista, Chale Ossufo pediu aos presentes, em especial os empresários, para “serem parte” dela, anunciando os seus projectos e ideias e, até, críticas ao funcionamento dos órgãos autárquicos. Já têm mais um instrumento onde podem expressar as vossas ideias e críticas.
Este instrumento é mais poderoso porque chega a outros quadrantes do planeta, por isso usem-no, exortou o edil. A revista tem uma tiragem de mil exemplares e é impressa pela Magic Print Pty, em Joanesburgo, na África do Sul.
Por quê Quissimajulo?
A dado passo da sua intervenção, o presidente pôs o microfone à disposição dos presentes para estes se pronunciarem sobre os aspectos gráficos da revista, os conteúdos e, em especial, o nome atribuído à publicação.
Não havendo manifestações, o edil cingiu-se ao nome, afirmando que isso deveu-se ao peso que Quissimajulo teve no passado histórico de Nacala-Porto.
A região, situada a cerca de 20 quilómetros do centro da cidade e com praias paradisíacas, foi um entreposto comercial entre os povos nativos e árabes que aportavam Nacala.
Segundo Chale Ossufo, foi através de Quissimajulo que os primeiros portugueses entraram em Nacala-Porto, depois da confrontação entre os locais e os colonizadores, no século XIX e em princípios do XX.
Presentemente, é para lá onde são direccionados os projectos turísticos de vulto, em virtude de a região dispor de recursos nesse ramo ainda virgens.