I ndivíduos munidos de catanas, facas e outros instrumentos contundentes estão a aterrorizar a província de Nampula, fragilizando, por consequente, o trabalho operativo da Polícia da República de Moçambique (PRM) que continua a refugiar-se na alegada falta de meios para controlo da criminalidade.
Num encontro havido, no ultimo Sábado, no bairro de Muahivire, arredores da capital provincial, sob orientação do respectivo comandantegeral, Jorge Kalau, alguns populares tomaram a palavra para pedirem maior envolvimento dos agentes da PRM na luta contra os malfeitores que estão a submeter a “capital do norte” a um ambiente de total intranquilidade social. As vias de acesso e os bairros da periferia, sobretudo, aqueles que não foram contemplados pelo sistema de electrificação urbana, são os mais propensos à acção dos criminosos.
Outra inquietação dos munícipes de Nampula está relacionada com as sistemáticas solturas de criminosos, por ordens dos órgãos da Administração da Justiça pela alegada falta de provas. Dizem que depois de terem sido detidos por prática de algum acto criminal, os mesmos indivíduos voltam a cometer o mesmo e outros crimes nos bairros.
Contudo, alguns intervenientes disseram que, apesar das inúmeras dificuldades que enfrenta, a policia está a trabalhar sentido de inverter este recrudescimento da criminalidade. Por seu turno, o comandante geral da corporação afirmou que a sua instituição está a envidar esforços tendentes a reduzir a criminalidade na província de Nampula, e no país, em geral. E referiu que, neste momento, estão a ser mobilizados meios materiais e de transporte para reforçar o trabalho operativo.
Pediu a população para continuar a confiar nos homens da lei e ordem, denunciando, sempre que possível, os indivíduos de conduta duvidosa. Jorge Kalau, que se fazia acompanhar do comandante para Guarda Fronteira, do Director para Administração e Finanças no Comando Geral e de um responsável do Plano Estratégico da Polícia, escalou vários distritos de Nampula, depois de ter trabalho na província vizinha do Niassa.