As populações do distrito de Murrupula, na província de Nampula, garantem todo o apoio necessário ao governo, no sentido de estancar as actividades dos exploradores furtivos de recursos naturais, em particular os florestais, que amiúde se regista, pois, reconhecem as implicações negativas que tal pratica representa para o meio ambiente.
Este compromisso foi assumido na quinta-feira pelos habitantes da localidade de Murrilo, posto administrativo sede de Murrupula, durante a cerimónia de entrega de materiais de construção, nomeadamente chapas de zinco e barrotes, entregues por um operador florestal licenciado para a cobertura de uma escola primária na zona. Na ocasião disseram que a recepção de tais materiais de construção significa uma responsabilidade acrescida para as comunidades locais.
Comprometemo-nos a intensificar a vigilância contra os exploradores ilegais de madeira pois, deste modo estaremos a valorizar o apoio que nos é prestado por alguém que cumpre com as suas obrigações com o governo. Disse o regulo José Lianeque.
Pedro Teixeira, proprietário da Madeira de Murrupula, agradeceu o gesto das comunidades de Murrila, uma área potencialmente forte para a exploração de madeira, justificando que o combate a exploração ilegal de recursos florestais constitui uma forma de estancar a concorrência desleal que os mesmos movem contra os licenciados ao nível do mercado.
Prometeu, igualmente, incrementar o seu apoio as comunidades assim que os níveis de exploração de madeira forem crescendo, na construção de infraestruturas sociais, sobretudo viradas a educação e saúde. O apoio prestado por aquele operador florestal de Murrupula é a materialização de uma promessa nesse sentido aquando do processo de consulta comunitária levada a cabo pelo sector da agricultura visando o seu licenciamento.
Abraão Camilo, secretario permanente distrital de Murrupula, alertou as comunidades no sentido de participar de forma organizada no processo de construção de infra-estruturas sociais financiadas pelo empresariado local.
Devido a sua aproximação com a cidade capital provincial, Murrupula tem se mostrado vulnerável a acção dos exploradores furtivos de madeira, pois, o produto do roubo é, regra geral, colocado junto as unidades de processamento existentes em Nampula, a preços competitivos, visto que não acarretam os encargos inerentes ao licenciamento.
