Os munícipes de Monapo, província de Nampula, Norte de Moçambique, não estão satisfeitos com a escolha de alguns vereadores por parte do edil João Luís por considerarem “impróprios” para o bom desempenho do Município.
Segundo o jornal “Noticias”, alguns munícipes de Monapo não estão satisfeitos com a nomeação de Mato Ramadane e Yussufo Remane, para os cargos de vereadores das áreas da Educação, Cultura e Juventude e da Agricultura, Indústria e Comércio.
Alega-se que Ramadane terá sido “importado” do vizinho distrito de Moma, terra natal de João Luís, enquanto a escolha de Remane foi feita com base nas relações de amizade entre este cidadão, por sinal gerente da Companhia Industrial de Monapo, e o edil.
Falando na condição de anonimato, um residente em Monapo disse que a vitória da Frelimo e do seu candidato à Presidência do Município de Monapo resultou da campanha realizada pela comunidade.
“Agora como é que vão buscar pessoas de outros cantos e interesses alheios às populações de Monapo para serem vereadores?”, questionou.
“Veja que o vereador da Agricultura, Indústria e Comércio não goza de popularidade por causa dos despedimentos arbitrários que faz dos seus trabalhadores na sua empresa, para além de estarmos perante uma situação em que ele deverá conciliar o cargo que ocupa com problemas relacionados à sua fábrica, o que pode ser complicado”, acrescentou a fonte.
Reagindo a essa questão, João Luís disse que o processo de nomeação de todos os vereadores do seu elenco obedeceu os parâmetros legais.
Segundo o edil de Monapo, o vereador da área de Educação, Cultura e Juventude é um professor, embora em regime de contrato, residente na vila municipal de Monapo.
Em relação ao da área de Agricultura, Indústria e Comércio, o edil disse que “ele é um empresário cuja experiência queremos aproveitar. o que acontece é que as pessoas não se habituaram a ver um indivíduo de origem asiática a fazer política, deve ser esta a preocupação das populações e nós queremos sossegá-las dizendo que não há problema nenhum, mesmo que haja situações onde os interesses dele se confrontem com o cargo que ocupa”.