As associações femininas estão a organizar, à escala nacional, movimentos de advocacia para a conquista do que consideram de “autonomia politítica e financeira” para as mulheres. O processo está a ser promovido pelo “Fórum Mulher-Coordenação para Mulher no Desenvolvimento” que no passado sábado, realizou uma marcha , envolvendo mulheres de todo o país.
De acordo com as organizadoras, a marcha tinha em vista a promoção dos direitos da mulher e a reactivação do movimento da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), criado na Conferência de Beijing, na China, em 1995, na qual Moçambique fez parte e que culminou com a realização da primeira marcha mundial em 2000, que se traduziu em ponto de partida para um novo mundo sem pobreza e sem violência.
Em Moçambique, o movimento foi consolidado em 1998, tendo o Fórum Mulher assumido a sua coordenação Volvidos 10 anos sobre a realização da primeira marcha, as mulheres voltaram à rua para celebrarem a vitória alcançada mercê da aprovação da Lei da Familia, em 2003, e da Lei contra Violência Doméstica, em 2009, e, simultaneamente, para reactivar o movimento, pressionar para que as instituições da justiça convenientemente e as mulheres adquiram maior consciência na denúncia de actos de violência doméstica, particularmente.
Nada de concreto haveremos de alcançar se continuarmos na dependência machista e a renda das mulheres continuar sob controlo dos maridos ou familiares deste. Refere a mensagem apresentada pelo Núcleo de Género de Nampula . Refira-se que a marcha realizouse sob o lema: “Pela Autonomia Económica das Mulheres, estaremos em marcha até que todas sejamos livres”.