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Coveiros de Lhanguene recebem cabazes para quadra festiva

Coveiros de Lhanguene recebem cabazes para quadra festiva

Um grupo de seis mulheres moçambicanas organizou-se para proporcional um Natal mais digno para os trabalhadores do cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo. Depois de uma campanha de angariação doaram esta terça-feira 150 cabazes de produtos alimentares aos que preparam e velam pela última moradia de todos nós.

Segundo a fundadora e responsável pelo grupo, Teresa Caliano, este é um gesto que se enquadra nas celebrações do Natal do Coveiro, instituído há mais de duas décadas por estas moçambicanas como forma de reconhecer o trabalho feito por baixo do intenso sol, ou mesmo chuva, pelos coveiros.

Teresa, e as suas parceiras querem aumentar o respeito pelo trabalho desenvolvido no cemitério, que em cada jornada do seu trabalho lidam com a dor e sofrimento alheios.

Os cabazes entregues são compostos por arroz, de açúcar, farinha de milho, de trigo, massa, bebidas e ainda peixe. A estes produtos alimentares as benfeitoras juntaram um par de chinelo para cada um dos beneficiários.

Vai ser um natal melhor

Felisberto Manhiça, coveiro há 31 anos no Cemitério de Lhanguene é beneficiário dos cabazes, disse estar bastante emocionado com o gesto daquela comissão, que já há muito tempo que tem prestado este tipo de apoio no âmbito do Natal do Coveiro.

Igualmente a José Mabote de 35 anos de idade e coveiro há 8 anos disse estar satisfeito com o gesto de solidariedade e generosidade para com os coveiros, ?é bom saber que há pessoas que reconhecem o nosso trabalho, sobretudo o sofrimento por que passamos, ajunta.

Todos os coveiros abordados pela nossa reportagem foram unânimes em afirmar que o Conselho Municipal da Cidade de Maputo devia seguir o mesmo caminho, isto é, oferecer pelo menos uma vez ao ano, os cabazes aos coveiros, estes que em última instância encontram-se sob tutela do município.

Já há muito tempo que este grupo de senhoras faz este tipo de doações, no entanto, o município nunca quis enveredar pelos mesmos passos, facto que acaba deixando a descoberto que o seu trabalho ainda não é valorizado não só pela sociedade civil, como também pelas instituições de vária índole.

Entretanto, o administrador do Cemitério de Lhanguene, Alfredo Faife, congratulou o gesto das benfeitoras acrescentando que isso revela que elas valorizam o nosso trabalho, sobretudo o dos coveiros, os principais beneficiários destes cabazes. Engrandece-me o facto de esta não ser a primeira vez que isto acontece, há mais de dez anos que este grupo presta-nos assistência social, acrescentau.

De referir que os cabazes não só foram para os coveiros, beneficiaram-se também os agentes dos serviços de limpeza do cemitério e o pessoal administrativo.

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