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Mulheres perdem bebés a caminho do hospital em Quelimane

Mulheres do distrito de Caia queixaram-se esta terça-feira ao governador de Sofala, Carvalho Muária, a morosidade que se regista para a entrada em funcionamento do hospital construído de raiz na vila sede, justificando que estão cansadas de assistir a bebés que morrem por complicação de parto, quando as mulheres são evacuadas para a cidade de Quelimane, na província da Zambézia.

O jornal Diário de Moçambique, que cita Maria Domingos dos Santos, que falou em nome das outras mulheres do distrito, disse que “pedimos que se acelere o processo de inauguração do nosso hospital, porque as parturientes estão a sofrer, pois quando os partos são complicados, a alternativa tem sido ir ao hospital de Quelimane”.

A questão daquele hospital foi também levantada noutro encontro que o governador manteve anteontem com os líderes comunitários. Eles pediram igualmente medicamentos para garantir que os doentes sejam tratados na hora quando procuram os serviços sanitários. O governador disse ter registado, entre outras preocupações, a questão da entrada em funcionamento do referido hospital, erguido no recinto onde se encontra instalado o Centro de Saúde.

A reportagem do Diário de Moçambique entrevistou a directora provincial da Saúde de Sofala, Marina Karagianis, que explicou que aquele hospital é de nível dois, porque possui uma maternidade, radiologia e bloco operatório, entre outros serviços. O hospital em alusão será uma unidade sanitária de referência para seis distritos, nomeadamente Caia, Marínguè, Marromeu e Cheringoma, na província de Sofala, Mutarara, em Tete e Mopeia, na Zambézia. A sua construção foi possível com parte dos fundos conseguidos para a edificação da ponte Armando Guebuza, sobre o rio Zambeze. Com o objectivo de pôr a funcionar aquele hospital, o Governo de Sofala assinou um acordo com a Cooperação Italiana e a província italiana de Trento, visando a doação de equipamento hospitalar e construção de casas para o pessoal da Saúde, no valor de 625 mil euros, de acordo com os dados apurados pela nossa Reportagem junto do coordenador da Cooperação Italiana, em Sofala, Pietro De Carli.

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