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Mulher violada sexualmente por suposta propagação da cólera em Nampula carece de cuidados médicos

Uma mulher de 34 anos de idade, de nome Fátima Ali, residente no bairro de Namicopo, que foi, há dias, violada sexualmente por um grupo de instigadores à violência por supostamente ser responsável pela propagação da cólera em alguns bairros da província de Nampula, Norte de Moçambique, não foi atendida no Hospital Central de Nampula alegadamente porque não tinha 500 meticais. Carece de cuidados médicos.

A vítima morra na Unidade Comunal Palmeiras 2 e é esposa do secretário daquela área, arredores da cidade de Nampula. Ela dirigiu-se ao Hospital Central de Nampula mas não foi tratada porque lhe cobraram 500 meticais, valor que não tem.

Desde que sofre violação sexual, a 08 de Fevereiro em curso, Fátima Ali ainda não beneficiou de nenhum tratamento médico. “Receitaram-me comprimidos mas não deram efeito”.

Aliás, disse-nos que 10 dias depois da agressão voltou ao hospital mas calhou com a mesma enfermeira que lhe atendera da primeira vez. Exigiu a mesma quantia.

Para além dos traumas causados pela agressão física, pilhagem de alguns bens, a família de Fátima vive angustiada porque a vítima não consegue realizar as suas actividades domésticas normalmente, movimenta-se com dificuldades devido à dor intensa dos seus órgãos genitais.

No dia em que foi violada estava doente e o marido tinha ido pedir socorro aos seus familiares que se encontram a uma distância de cinco quilómetros daquela zona, contou-nos.

Hoje, algumas pessoas zombam dela e lhe chamam nomes. O que também preocupa a família de Fátima é o facto de os malfeitores estarem impunes. Queixa-se ainda de falta de apoio das autoridades locais.

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