Centenas de milhares de Sul-Sudaneses estão, neste momento, privados de ajuda por causa de combates intratribais e entre as forças governamentais e os rebeldes, anunciou, quarta-feira (26), a Organização não Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Num comunicado divulgado na capital sudanesa, Cartum, a MSF sublinha que cidades inteiras no Sudão do Sul sofreram ataques devastadores e que as estruturas de cuidados médicos estão igualmente expostas a tiroteios com pacientes abatidos nos seus leitos, salas queimadas, um equipamento médico pilhado e, num outro caso, um hospital inteiramente destruído.
A MSF declara que o seu pessoal foi testemunha das “consequências horríveis dos recentes ataques e confrontos em Malakal no Estados do Alto Nilo, descobrindo pacientes assassinados no interior do Centro hospitalar da cidade.
O comunicado sublinha que, no quadro de uma outra violação preocupante das estruturas médicas desde o início do conflito nos meados de dezembro de 2013, uma equipa de MSF voltou em Leer, no Estado de Unity, e descobriu que o hospital foi pilhado, queimado e vandalizado.
“As agressões contra as instalações médicas e os pacientes fazem parte de um contexto mais largo de ataques brutais nas cidades, nos mercados e nos estabelecimentos públicos”, indicou Raphaël Gorgeu, chefe da missão de MSF.
“Estes ataques revelam uma ausência total de respeito para os cuidados médicos e privam os mais vulneráveis de ajuda na altura em que mais precisam», acrescentou.