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Movimento Democrático de Moçambique reclama protagonismo no diálogo político

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz que não percebe como é que o Governo da Frelimo e a Renamo discutem a pacificação do país sem a sua presença, ignorando o facto de governar, com “mandato do povo”, pelo menos quatro dos 53 municípios do país.

Reagindo em torno dos sete pontos alegadamente consensualizados na quarta-feira (17) pela comissão mista que prepara o diálogo político entre o Chefe de Estado e o líder da Renamo, entre os quais a “revisão pontual ou substancial da Constituição da República, aprovação da lei dos órgãos de governação provincial”, Daviz Simango, presidente do MDM, disse que, para além do seu partido, a sociedade civil devia estar presente nas negociações.

“Como se pode falar da descentralização e revisão da Constituição da República sem a sociedade civil e o MDM que governa territórios e tem mandato do povo”, afirmou o líder da terceira força política no país, sublinhando que “nos não queremos ser papagaio ou carimbar por carimbar as instruções na Assembleia da República”.

Num outro desenvolvimento, Daviz Simango, que classifica as partes beligerantes, como dois partidos armados e arrogantes, considerou que os acordos presumivelmente conseguidos em sede da comissão mista, os quais geram celeuma horas depois da sua publicitação, não passam de “declaração ou princípio de intenções”.

O MDM, que governa as autarquias da Beira, de Gurúe, de Quelimane e de Nampula, mostra-se indignada pelo facto de os sete pontos divulgados pela comissão mista terem sido rejeitado sem sede Parlamento, quando a sua bancada parlamentar os submeteu para “debate e partilha de ideias”.

Para Daviz Simango, que apela a que cesse o conflito militar de modo que o país devolva e as pessoas circulem livremente, “a democracia só é forte se o exercício da cidadania é forte e, para tal, é importante que haja oportunidade para a voz do povo ser ouvida. Não queremos ser papagaio”.

O presidente do MDM falava à jornalistas, na quinta-feira (18), na cidade da Beira, província de Sofala.

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