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Mortes por malária reduziram em Moçambique mas as contaminações aumentaram

Não há grandes progressos no que tange à erradicação da Malária em Moçambique. A doença, que matou pelo menos 2.400 pessoas, em 2015, contra 3.245, em 2014, continua um problema de saúde pública e o país não consta da lista das nações que até 2020 não terão esta enfermidade como revés ao desenvolvimento. Nazira Abdula, ministra da Saúde, reconheceu que os números elevados de paludismo perpetuam a doença e, por conseguinte, a pobreza. Na educação, aumenta o absentismo, enquanto nos sectores económicos perde-se a mão-de-obra.

Celebrou-se, na segunda-feira (25), o Dia Mundial de Luta contra a Malária. No ano passado, a doença contaminou 6.418.516 pessoas, 10% a mais em relação aos 5.820.340 casos registados em 2014, segundo a governante.

Moçambique melhorou o conhecimento sobre a enfermidade e tem intensificado a distribuição de redes mosquiteiras impregnadas com insecticidas de longa duração, porém, a doença mantém-se mortal e constitui um dos maiores problemas de saúde pública, de acordo com Nazira Abdula.

A ministra falava na cidade de Nampula, uma província que, à semelhança da Zambézia, apresenta índices elevados de malária. Esta doença afecta e mata com maior incidência, em todo o país, crianças menores de cinco anos de idade e mulheres grávidas, por isso, os apelos a que duram protegidas por redes mosquiteiras e usem repelente sempre que necessário.

Nas comunidades, apela-se ainda à eliminação dos locais considerados habitas do mosquito, tais como charcos de água estagnadas e pulverização intra-domiciliária. Contudo, tais medidas pouco têm sido levadas a peito pelas populações. Em Maputo, os distritos municipais de KaTembe, KaMavotha e KaChamanculo são considerados os mais problemáticos em termos de proliferação de mosquitos.

Nazira Abdula anunciou que a partir de Setembro próximo será lançada uma campanha de pulverização nacional, durante a qual serão distribuídas 16 milhões de redes mosquiteiras. Refira-se ainda há populações que usam as redes mosquiteiras para a pesca, protecção de culturas nas machambas, entre outros fins que nada têm a ver com a prevenção da malária.

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